Começou a fase de grupos da Libertadores, e com ela vieram alguns resultados surpreendentes que vão dar o tom a esta fase da competição e tornam atraentes grupos que pareciam terem, de antemão, seus classificados já definidos.
As surpresas se verificaram tanto com clubes brasileiros como com estrangeiros. Assim ninguém, em sã consciência, poderia esperar que o Gremio, jogando em casa e estreando Barcos e André Santos, fosse perder para o chileno Huachipato. E perder da forma como o fez, pois chegou a estar 2-0 para o time chileno e o Gremio só conseguiu marcar o gol de honra na cobrança de um penal, aliás bem cobrado por Barcos.
Nos clubes estrangeiros, as surpresas ficaram por conta do Boca, que, sob a batuta do técnico Bianchi, perdeu em casa para o mexicano Toluca por 2 a 1 e, em parte, para o uruguaio Nacional que só no finzinho conseguiu empatar, em casa, com o equatroriano Barcelona (2-2).
Nos demais jogos os resultados devem ser considerados como normais. Normal, por exemplo, que o São Paulo seja derrotado em Belo Horizonte pelo Atlético ou que o Fluminense, como visitante, derrote (1-0) o venezuelano Caracas. E muito satisfatório para o Palmeiras vencer (2-1) o peruano Sporting Cristal que foi a campo com o claro objetivo de arrancar um empate. Aliás o Palmeiras, que contou com o decidido apoio de sua torcida, mostrou neste jogo qual será sua arma melhor, tanto na Libertadores como, mais tarde, no campeonato brasileiro da série B: a garra e a vontade de vencer, esbanjadas por todos os jogadores. Uma coisa que deixou feliz a torcida, ciente de que este não será, pelo menos a médio prazo, um time de refinado toque de bola nem de jogadas tecnicamente empolgantes, mas que vai gastar em campo todas suas energias em busca de um resultado positivo.