O Brasil venceu o Japão por um placar que não deixa dúvidas (4-0 e mais duas bolas na trave) mas, além do resultado, que tem uma importância relativa, mostrou que está em positiva evolução.
E isto frente a um adversário que estava entusiasmado pela recente vitória contra França e que constitu um time tecnicamente bem superior aos que o Brasil enfrentou recentemente.
Vários pontos devem ser considerados altamente satisfatórios nesta fase de armação da seleção. A começar – e talvez seja o mais importante – da recuperação de Kaká que, aos 30 anos, parece o homem ideal para dirigir a equipe. E que, inclusive pelo fato de não ser muito aproveitado pelo técnico Mourinho no Real Madrid, não apresenta qualquer desgaste físico. Com Kaká cada vez mais integrado à equipe, sobe o rendimento de Oscar, que com ele parece formar uma dupla ideal. E, última mas não menos importante conseqüência na parte ofensiva, Neymar integra-se cada vez mais ao time, e não é mais, como muitas vezes ocorre no Santos, olhado como o homem a quem passar a bola para que ele resolva. Na seleção ele é um partecipante, sem dúvida importante pela marcação que exije da defesa adversária que acaba abrindo-se em seu setor, mas não exclusivo.
Quanto ao meio de campo, vale destacar a forma como está se impondo Paulinho, hoje talvez o melhor do jogo, e de toda forma elemento muito importante no esquema de Mano Menezes. E as possibilidades de variação de esquema e de jogo, como as substituições efetuadas pelo técnico mostraram, indicam que um certo otimismo não está fora de lugar.
Em suma, o Brasil está em positivo progresso. Ainda não é a seleção dos sonhos para muitos torcedores, mas acredito que esteja no caminho certo para tentar chegar lá…