Na análise das chances de Vettel e Alonso nos derradeiros 4 GPs deste mundial, deixando de lado a capacidade dos pilotos, em que, em minha opinião, o espanhol é superior ao alemão, tem um lugar de destaque o fator carro. E aqui fica claro que a Red Bull foi até agora superior à Ferrari e, sempre em minha visão da coisa, continuará a se-lo até o fim do campeonato.
A razão é muito simples. A da Red Bull é um projeto acertado desde o início, que vem sendo, como quase sempre acontece, aperfeiçoado ao longo dos meses. E não se pode esquecer que conta, para isso, com a extraordinária capacidade técnica de Adrian Newey e sua equipe. Assim é impossível que o carro tenha uma queda de rendimento logo agora que está com uma mão nos dois títulos, o de pilotos e o de construtores.
Já a Ferrari começou o campeonato com um projeto, de Tombazis, que se revelou mecânicamente confiável mas com um desempenho bem inferior ao de muitos concorrentes. Com a entrada em ação de Pat Fry este projeto infeliz foi sendo rapidamente corrigido e a Ferrari voltou a ser razoavelmente competitiva, ambora sem alcançar nunca o nível da Red Bull e ficando muitas vezes até abaixo da McLaren. Agora, quando seria necessário um ulterior passo à frente para lutar em igualdade de condições com a Red Bull, nada mais foi conseguido.
A última tentativa foi a nova asa traseira, levada a Cingapura com muitas esperanças (no túnel de vento tinha aprovado integralmente) mas que, na prova da verdade, na pista, não confirmou o que dela se esperava, tanto que foi logo deixada de lado. E daí para frente puderam ser modificados apenas detalhes aerodinâmicos, ficando a impressão de que o projeto original não permite mais modificações, além das já feitas.
Pode ser que eu esteja redondamente enganado, mas não vejo como, da sala de projetos de Maranello possa sair, de uma hora para outra, a solução aerodinâmica milagrosa de que Alonso tanto necessitaria para poder lutar pelo título mundial…
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