O GP de Cingapura poderia ser resumido neste título. Pois Vettel venceu uma corrida em que Hamilton mostrava-se, até o câmbio traí-lo, bem superior. E Alonso, após um começo difícil, acabou subindo ao pódio, o que representava seu máximo objetivo num fim de semana em que tanto McLaren como Red Bull mostraram-se superiores aos carros de Maranello.
A corrida que, como freqüentemente tem ocorrido lá, obrigou o “safety-car” a ingressar duas vezes na pista, com claros benefícios de imagem para a Mercedes cujo carro foi exaustivamente mostrado para todo o globo, teve muitas situações imprevistas. Já na largada, por exemplo, Massa teve um pneu traseiro furado ao ser atingido por outro carro, o que obrigou o piloto brasileiro a fazer um pit-stop à mais do previsto e disputar uma boa corrida de recuperação mas lhe impediu obter uma melhor classificação, que estava a seu alcance. Depois as desistências forçadas de Hamilton antes e Maldonado depois tiraram do cenário dois protagonistas. E, por fim, o erro de Schumacher, atrasando demasiadamente a freada, foi completado pela desistência de Senna, por problemas de câmbio.
Com relação ao campeonato, Alonso tem agora 29 pontos de vantagem sobre Vettel quando faltam 6 GPs e pode-se dizer que começa a vislumbrar a possibilidade de conquistar o título, embora não tenha em mãos o carro melhor. E fica a convicção de que se a Ferrari conseguir levar seu carro ao mesmo nível de McLaren, atualmente o melhor e mais equilibrado dos concorrentes, e Red Bull, Alonso pode perfeitamente levantar o título mundial em Interlagos.