O Chevrolet Sonic, produzido na Coréia do Sul e recentemente lançado entre nós, se constitui num agradável carro médio, que oferece a escolha entre a versão hatch e a versão sedan. A diferença entre ambos é o comprimento total (cerca de 4 metros num caso e 4,40 no outro) e, naturalmente, a capacidade do porta-malas. Pelo resto, tudo é praticamente igual.
O Sonic é oferecido em dois níveis de acabamento, uma versão básica e outra versão completa, denominadas respectivamente LT e LTZ. A maior diferença do ponto de vista mecânico é que a versão básica tem um câmbio manual de 5 marchas, enquanto a completa apresenta um excelente câmbio automático de 6 marchas. Câmbio este que pode ser deixado na função totalmente automática ou ser acionado manualmente, trocando as marchas de acordo com o desejo do motorista. Para isso aciona-se uma tecla existente na lateral do comando do câmbio.
Ao contrário do que ocorre na maior parte dos carros, esta transmissão, quando deixada na função completamente automática, troca as marchas no momento exato para permitir um ótimo desempenho sem, com isso, prejudicar o consumo. Mérito do software que a comanda e que foi ajustado para manter sempre o carro na melhor faixa de sua curva de torque.
Na prática, para o motorista comum, isto dá a impressão de uma potência disponível bem maior do que a real. Potência que é de 116 cv (120 com álcool) a 6.000 rpm, com um bom torque de 15,8 mkgf (16,3 com álcool) a 4.000 rpm.
Pelo resto, a mecânica deste Sonic é bem confiável, com um esquema tradicional de freios (a disco na dianteira e a tambor na traseira) que imobilizam o veículo em espaços corretos e sem desvios de trajetória. A direção é sensível e responde aos comandos como deve ser num carro de turismo e a suspensão – felizmente – não se ressente muito da buraqueira existente nas ruas de São Paulo.
Nesta versão completa com que rodamos em São Paulo, tanto a primeira impressão, como a que nós ficou após mais de uma semana de uso, foi de um acabamento bem agradável.
Agradáveis os bancos, sendo que o do motorista, aliado à possibilidade de regular o volante tanto em altura como em profundidade, permite que cada qual consiga facilmente sua posição ideal para dirigir. Agradável o espaço entre os bancos dianteiros e o traseiro, permitindo levar com conforto quatro pessoas. O eventual quinto ocupante não desfruta, em carro nenhum, de um grande conforto e neste Sonic não seria diferente.
Por fim, boa a quantidade de espaços para levar pequenos objetos, desde o porta-óculos ao porta-copos e tantos outros. Boa a colocação e visibilidade do painel de instrumentos e interessantes os recursos de comando, desde o volante, de várias funções, como rádio e telefone, por exemplo.
Em suma, este Sonic parece-me destinado a conseguir, com facilidade, sua pretendida fatia de mercado entre nós.
Sonic, um carro agradável
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