Bernie Ecclestone, o todo poderoso chefão da F1, continua alinhavando os acordos para a renovação do Pacto da Concordia, documento que disciplina a divisão dos lucros no mundial. Até agora já assinaram, entre as “grandes” Ferrari, McLaren e Red Bull (e conseqüentemente Toro Rosso) enquanto continua o braço de ferro com Mercedes.
Com o critério de premiar os anos de presença no mundial, a Ferrari receberá 50 milhões de dólares e os dois times ingleses 35 milhões cada um.
Isto, naturalmente, além da cota que lhes caberá em função da classificação, em cada temporada, na Copa dos Construtores. Mas com a Mercedes não houve acordo, pois a equipe alemã queria tratamento idêntico a McLaren e Red Bull, argumentando com sua presença no mundial nos anos 50. Ecclestone não aceitou essa argumentação, sustentando que a atual equipe Mercedes originou-se na compra da Tyrrell, que depois tornou-se Bar, Honda e finalmente Brown, antes de ser adquirida pela Mercedes. A discussão continuou neste fim de semana em Monaco…
Ao mesmo tempo a Mercedes enfrenta problemas internos, com o fundo de investimentos de Abu Dahbi que possui 40% das ações da equipe Mercedes de F1 querendo sair e ameaçando vender as próprias ações a quem der mais. Como já fez com o grupo Daimler, onde tinha 9,1% de ações e ficou apenas com 3%, obtendo um lucro líquido de 1,8 bilhões de euro. E a Mercedes está arriscada a se encontrar, a médio prazo, com um sócio desconhecido em casa.
Pois o fundo de investimentos anunciou que, até o fim do ano, vai abandonar a F1.