Era o que queria Bernie Ecclestone, e realmente aconteceu : 6º GP da temporada, e 6º diverso vencedor. A 70.a edição do tradicional GP de Monaco levou – merecidamente – o mais alto degrau do podio o australiano Webber, que aproveitou integralmente a pole-position oferecida-lhe num prato dourado pela punição de Schumacher (que tinha sido o mais veloz no sábado mas perdeu cinco posições por ter batido em Senna no GP da Espanha). E liderou o GP, resistindo às investidas de Rosberg durante todo o tempo, e sobretudo nas voltas finais quando se formou um trenzinho em que ninguém conseguia superar ninguém.
Assim, o momento decisivo para o campeonato, ocorreu no pit-stop em que Alonso conseguiu passar Hamilton (coisa tentada, em vão, na pista, embora fosse claramente mais rápido) e alcançou o terceiro lugar que lhe dá a liderança isolada do Mundial. E, mais do que isso, a convicção de que, se já no GP do Canadá a Ferarri fizer um passo à frente com as novidades aerodinâmicas a serem introduzidas no carro, Alonso terá serias chances de levantar o título.
Uma citação especial cabe a Massa. Brilhante em todas as sessões de treinos, teve – finalmente – um GP à altura de suas qualidades e, com seu sexto lugar não só soma 8 importantes pontos na classificação como ganha um reforço psicológico que poderá leva-lo a incrementar drasticamente seu rendimento nos próximos GPs. É, aliás, o que toda a Ferrari dele espera…
Quanto aos demais, esperava-se um pouco mais de Hamilton ao passo que o bi-campeão Vettel, que pagou no treino de sábado a falta de melhor set-up do carro (e isto, convenhamos, é prevalentemente culpa do piloto e não de seu engenheiro de pista), teve uma corrida brilhante, largando em 9º e chegando em 4º. De toda forma, os que, com demasiada pressa, o chegaram a comparar, nos últimos dois anos, com Senna, tem um válido motivo de reflexão…