
Destaques da VW no IAA MOBILITY 2025 em Munique (Foto: Divulgação/IAA Mobility)
Quem imaginava o declínio avassalador dos salões de automóveis se deparou com um fenômeno interessante no Salão de Munique, encerrado no domingo passado. Claro que não se compara aos tempos de opulência do Salão de Frankfurt, de longe o maior do mundo em número de expositores e que rivalizava com de Paris em termo de visitantes. Munique demonstrou que fabricantes europeus voltaram com força e passaram a desafiar marcas chinesas que aproveitaram a “onda elétrica” para atrair os visitantes.
Carros elétricos sempre chamam atenção pela novidade e em Munique não foi diferente. Os alemães destacaram-se com o BMW iX3, Mercedes-Benz GLC EQ, VW ID.Cross e Audi Concept C (estes dois últimos ainda em nível conceitual, mas com linhas quase definitivas). Hyundai Ioniq 3 também sobressaiu, porém os chineses não ficaram atrás com o Xpeng P7 e o Xiaomi YU7. Para o Brasil, destacou a Autoesporte em entrevista com Thomas Schäfer, CEO global da Volkswagen, as próximas gerações do T-Cross e Nivus terão versões híbridas básica e plena, projetadas como derivações do T-Roc europeu.
Motores a combustão em versões híbridas também se destacaram no salão: novo Clio, Kia K4, Porsche 911 Turbo S T-Hybrid (711 cv e 81,6 kgf·m, valores recordes de potência e torque) e até a primeira station híbrida plugável da BYD, Seal 6 DM-i Touring.
Na véspera da abertura do Salão de Munique, em entrevista ao site americano Politico, o presidente da BMW, Oliver Zipse, voltou a classificar como enorme erro da União Europeia (UE) proibir a venda de motores a combustão em 2035. Esta não é posição isolada do grupo alemão. Em algum momento a UE, tudo indica, irá recuar em favor dos três níveis de híbridos. Estes têm o papel de transição inteligente até os elétricos superarem obstáculos de preço, tempo de recarga e rede de eletropostos, entre outros.