Tank 300 (Foto: Divulgação/GWM)
Um SUV 4×4 raiz com ótimo desempenho no fora-de-estrada, estilo inspirado em concorrentes, mas com pormenores interessantes como o desenho dos faróis de LED. Desde o estepe externo fixado no centro da tampa do porta-malas aos arcos de rodas salientes e pintados de preto, às linhas retas com janelas relativamente pequenas e bons estribos, o Tank, da GWM, segue uma fórmula para agradar o comprador deste tipo de veículo.
Distância entre eixos de 2.750 mm oferece espaço razoável para pernas e cabeças no banco traseiro. Outras dimensões: comprimento, 4.760 mm; largura, 1.930 mm e altura, 1.903 mm. Tanque de combustível de 70 litros permite alcance muito bom, por pior que seja o terreno. Volume do porta-malas declarado em 863 litros, mas pelo padrão VDA deve estar por volta de uns 500 litros. A abertura da tampa traseira é inadequada para países de mão direita como o nosso.
O Tank 300 é um híbrido plug-in com motor 2-L turbo a gasolina e outro elétrico dianteiro. A GWM só informa os números combinados: 394 cv/76,4 kgf·m. Além de tração 4×2, 4×4 e 4×4 com reduzida, neste último pode-se modos escolher entre Estrada Acidentada, Rocha, Montanha e Lama/Areia. Câmbio automático tem nove marchas (no Land Rover Defender, por exemplo, são oito).
Também há controle de descida de assistente de manobras em trilhas muito estreitas. Para os iniciantes em fora de estrada há um recurso bastante útil: pode-se guiar em velocidades baixas sem necessidade de acionar os pedais em descidas. Altura mínima do solo (222 mm), ângulos de entrada (32°) e de saída (33°) foram postos à prova durante a avaliação e o SUV saiu-se muito bem. Outra especificação de destaque: passagem em trechos alagados e córregos com profundidade de até 700 mm.
Preço bem atraente: R$ 339.000.
・ Recarga ultrarrápida ainda com problemas a resolver
Primeiro foi a GWM, depois a BYD e mais recentemente a fabricante de baterias CATL. As três anunciaram recarga completa de bateria em apenas cinco minutos, o que pode remover um dos empecilhos para ampliar as vendas de carros elétricos. Mesmo considerando que uma bomba de combustível líquido nos postos pode colocar 50 litros no tanque em apenas um minuto, este é um avanço considerável.
Todavia, não significa que todas dificuldades estão superadas. Ainda existem dúvidas quanto ao risco de superaquecimento severo e na durabilidade desse tipo de bateria. Ao mesmo tempo há necessidade de investir nas redes elétricas: estas podem ser incapazes de sustentar a carga de um carregamento de alta intensidade. A BYD afirma que pretende construir 4.000 estações desse tipo na China, sem marcar um prazo e de quanto será o investimento.
Mais interessante é um avanço anunciado pela Volvo para seu novo SUV híbrido plugável de alcance estendido (ERPHEV, sigla em inglês). Lançado agora na China, estará disponível em outros mercados, a começar pela Europa. O XC70 (nome já usado numa antiga perua da marca sueca) permite alcance no modo elétrico de 200 km pelo otimista ciclo chinês CLTC, parecido com o europeu WLTP. Mesmo com correção em torno de 20%, trata-se de uma ampliação de 50% em relação aos melhores PHEV da atualidade.
Esse tipo de híbrido evoluído é alternativa aos elétricos por seu custo menor e a possibilidade de viajar sem preocupação com recargas. Ao mesmo tempo, no uso urbano deixa de emitir CO2 e o trio de poluentes dos motores a combustão (CO, HC e NOx).