
Foto: Reprodução/Global Times/VCG
Esse aumento de importação refere-se ao mês passado e deve ser revertido nos próximos meses. Argentina é o maior cliente das exportações brasileiras, enquanto obviamente o Brasil nada exporta em veículos para a China. No entanto, o cenário mudará com a produção no País da GWM, BYD e GM (em novembro, no Ceará, com a Comexport que iniciará a montagem do chinês Spark, onde já se fabricou o SUV Troller). A fabricação de modelos chineses no Brasil começa no regime SKD, veículos semidesmontados e praticamente sem conteúdo nacional, porém este crescerá de forma paulatina.
Enquanto isso, o mercado de veículos novos continua sinalizando crescimento menor do que o previsto no início do ano. O presidente da Anfavea, Igor Calvet, atribuiu às taxas de juros altas que impactam nas prestações dos financiamentos. Nos oito primeiros meses deste ano emplacaram-se 1,668 milhão de unidades de veículos leves e pesados resultado apenas 2,8% acima deste mesmo período do ano passado.
A associação ainda não mudou a estimativa de aumento de 5% nas vendas de 2025 frente a 2024. Historicamente o segundo semestre costuma ser mais positivo que o primeiro. O mercado de caminhões já engatou a marcha à ré, contudo o programa Carro Sustentável tem apresentado bons resultados: os seis modelos habilitados de cinco marcas cresceram 26% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, são carros que deixam baixa margem aos fabricantes e tendem a perder um pouco de fôlego nas vendas. Aquele programa se encerra no final de 2026, quando começa a reforma tributária e o IPI será extinto.
Participação de mercado nos primeiros oito meses deste ano de automóveis e comercias leves: gasolina, 4,6%; híbridos, 4%; híbridos plugáveis, 3,5%; elétricos, 2,9%; diesel, 10,2% e flex, 74,8%. Chama atenção a baixa taxa de aceitação de elétricos que terminaram o ano passado com 2,5% de penetração e este ano subiram para apenas 2,9%, mesmo com imposto de importação como subsídio direto. Espera-se uma melhora, quando avançar a sua produção nacional.