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Industria AutomobilisticaMotoMotociclismo

Harley-Davidson Pan America 1250: Por que tantos torcem o nariz para ela?

por Odoardo Carsughi 21/09/2025
por Odoardo Carsughi 21/09/2025
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Harley-Davidson Pan America 1250

Harley-Davidson Pan America 1250 (Foto: Divulgação/Harley-Davidson)

Testamos a Big Trail que quebra paradigmas!

Ah, a Harley-Davidson! Para muitos, sinônimo de couro, cromados, escapamento barulhento e estradas infinitas sob o sol ouvindo “Born to be wild” do Steppenwolf. A imagem da clássica cruiser que personifica com maestria o lifestyle americano está gravado em nosso imaginário.

Mas e essa tal de Pan America, para a qual muita gente torce o nariz? Por que a lendária marca de Milwaukee decidiu entrar no concorrido e já dominado mundo das big trails, onde BMW, Triumph e KTM por exemplo já estão consolidadas?

“Harley não faz big trail!”, “É melhor comprar uma BMW GS ou uma Triumph!” – essas são frases que ecoam nos corredores das concessionárias e nos fóruns de motociclismo desde o lançamento da Pan America. Seria essa moto um erro estratégico, uma tentativa desajeitada de entrar em um segmento onde ela não pertence, ou uma jogada de mestre para reinventar a marca?

A identidade em crise? Será?

Para entender a resistência inicial à Pan America, precisamos voltar um pouco. A Harley-Davidson sempre foi sobre tradição, um estilo de vida muito específico e, convenhamos, um tipo de moto muito particular. Cromados, ronco inconfundível, pouca eletrônica e conforto para longas retas são o DNA da marca.

De repente, surge a Pan America: um motor Revolution Max de 150 cv, suspensões eletrônicas semi-ativas, modos de pilotagem, ABS em curva… É quase como se a vovó Harley tivesse trocado o colete de couro por um conjunto de roupas de aventura da marca Patagonia e decidido escalar o Everest! Essa ruptura com a imagem clássica fez muitos puristas torcerem o nariz, considerando-a uma traição aos valores da marca. A pergunta que paira no ar é: “Será que a Harley deveria ter se arriscado tanto fora da sua zona de conforto?”. Vale a pena disputar consumidores de outras “tribos” para aumentar o mercado endereçável tradicional da HD, que parece estar mostrando sinais de fadiga de modo global? Parece que a decisão da marca foi um “sonoro” sim.

Harley-Davidson Pan America 1250

Harley-Davidson Pan America 1250 (Foto: Divulgação/Harley-Davidson)

Pan America: O Que os Consumidores Amam e Onde o Bicho Pega

Mas vamos à moto em si. Deixando de lado os preconceitos (se é que conseguimos!), a Pan America é uma máquina que não passa despercebida.

As qualidades que surpreendem e conquistam:

・ Motor Revolution Max: Ah, o coração da fera! O motor de 1250cc é um V-Twin de 60 graus, mas esqueça o ronco “potato-potato”. Este é um motor moderno, com refrigeração líquida, comando de válvulas variável (VVT) e 150 cv que entregam uma performance surpreendente. A aceleração é forte, a moto responde prontamente e o ronco, embora diferente do tradicional Harley, tem sua própria personalidade. Muitos que a experimentam pela primeira vez ficam chocados com a potência e suavidade. Eu curti muito e para mim esse é o ponto alto dela. Sem dúvida um motor delicioso de se acelerar.

・ Tecnologia de Ponta: A Pan America não veio para brincadeira. Ela oferece um pacote eletrônico completo, rivalizando com as melhores do segmento: suspensão eletrônica semi-ativa adaptativa (que ajusta a altura conforme a velocidade e os modos de pilotagem), painel TFT colorido, conectividade, controle de tração e ABS otimizados para curvas. É um show de tecnologia embarcada que eleva a experiência de pilotagem.

・ Conforto Inesperado: Apesar da sua postura robusta, o conforto para longas viagens é um ponto frequentemente elogiado. O assento é bom, a posição de pilotagem é boa (por mais que pudesse ser mais ergonômica, mas nada que um raiser de guidão não resolva) e a proteção aerodinâmica, para uma Big Trail, é bastante eficiente (mas bem que podia ser eletricamente acionado e não através de uma simplória alavanca manual)…

・ Design Único: Você pode amar ou odiar, mas ninguém pode negar que a Pan America tem uma identidade visual própria. Ela não tenta copiar ninguém. Aquele farol retangular é instantaneamente reconhecível e, de certa forma, resgata elementos clássicos da Harley reinterpretados para o mundo off-road. É uma Harley, mas de um jeito que você nunca viu. Podem criticar, mas eu curti. E bastante.

Os “defeitos” e pontos de crítica:

・ Peso Elevado: Com cerca de 258 kg em ordem de marcha (versão Special), a Pan America não é das mais leves. Embora o peso desapareça em movimento, em manobras de baixa velocidade ou em situações mais desafiadoras no off-road, ele pode ser um fator intimidante para alguns pilotos, especialmente os menos experientes. A GS é mais leve, mas em movimento na estrada, que é onde a maioria das pessoas pilota, isso some.

・ Acabamento e Detalhes: Alguns consumidores, acostumados com o padrão premium de marcas como BMW ou Triumph, podem encontrar detalhes no acabamento que não condizem com a faixa de preço da Pan America. Pequenas falhas em encaixes ou plásticos podem ser notadas. Queira ou não, quando você senta em uma Pan America e depois em uma GS, você percebe a diferença instantaneamente.

・ Ergonomia: Aqui há coisa que eu realmente não gostei. Podem parecer detalhes, mas me deixaram muito desconfortável. Os comandos da manopla esquerda são muito mal desenhados. O comutador de faróis e a buzina não estão na posição “natural” dos dedos indicador e polegar. Ambos são usados instintivamente, então deveriam estar em outras posições mais óbvias. O descanso lateral também achei muito ruim. Comprido demais, faz com que você precise inclinar a moto muito para poder desacioná-lo. Para quem tem mais que 1,85m tudo bem, mas esta não é a altura média do brasileiro.

・ Consumo de Combustível: O potente motor Revolution Max, como era de se esperar, não é o mais econômico da categoria. Para quem busca longas autonomias sem muitas paradas, isso pode ser um ponto a considerar.

・ Ronco: não adianta minimizar esse aspecto. Moto e carro tem que encantar no “look & feel”. Quando você ouve o ronco tímido da Pan America a sensação não é bacana. Podia ser mais grosso e encorpado.

Harley-Davidson Pan America 1250

Harley-Davidson Pan America 1250 (Foto: Divulgação/Harley-Davidson)

O Duelo dos Titãs: BMW GS, Triumph Tiger e a Pan America

É inevitável a comparação com as líderes de mercado. A BMW GS 1300 e a Triumph Tiger 1200 são referências absolutas em suas categorias, com décadas de refinamento e uma legião de fãs. Elas oferecem pacotes extremamente competentes e bem testados.

A Pan America veio para oferecer uma alternativa com personalidade Harley-Davidson. Ela busca apelar para quem quer a robustez e a capacidade de uma big trail, mas com um toque de exclusividade e uma atitude “fora da curva” que só a Harley pode oferecer.

Muitas pessoas com quem conversamos criticaram a moto. Sempre no fundo com a questão do “branding”. HD é custom e não trail. A maioria afirma: se você quer uma big trail, pensa primeiro em GS e depois em Tiger. Só depois numa Pan America. E alguns ainda disseram: antes de uma Pan America eu teria uma Africa Twin. É inegável que aqui a discussão está no “branding” e no posicionamento do produto e não no produto em si. Eu andei e gostei bastante, seja na cidade ou na estrada. O produto é bom. E achei bonito sim. Boa ciclística, bons freios e motor elástico e gostoso.

Lembro de uma propaganda do Ford Fiesta há anos, onde o então presidente da Ford, Antonio Maciel Neto, era o garoto propaganda do carro e dizia: faça o test drive do Fiesta e se você depois decidir comprar um outro carro, eu te pago duzentos ou trezentos reais. Isso foi uma bela jogada de marketing para gerar interesse e mitigar a possível rejeição do produto. Acho que a HD, se fizesse algo assim, se surpreenderia com os resultados positivos da campanha!

Por último: tenho a impressão que ela pode ser um pouco menos visada em roubos, pois o pessoal que rouba big trail para fazer rolê na comunidade no fim de semana tem um fetiche alto por GS e Tiger. Então esse pode ser um outro fator positivo para a compra.

Pan America 1250: Um Erro ou uma Jogada de Mestre?

Considerar a Pan America um “erro estratégico” é, talvez, uma visão simplista. É inegável que a Harley-Davidson assumiu um risco enorme ao entrar nesse segmento, desafiando sua própria base de fãs e competindo com gigantes estabelecidos.

Contudo, a Pan America é muito mais que uma moto: é uma declaração de intenções. Ela mostra que a Harley-Davidson está disposta a evoluir, a se modernizar e a buscar novos mercados para garantir sua relevância no futuro. Ela atrai um novo tipo de cliente para a marca – aquele que talvez nunca tivesse considerado uma Harley tradicional, mas que se interessa por aventura e tecnologia.

Para a Harley-Davidson, a Pan America pode ser vista como uma aposta ousada, mas necessária. Ela diversifica o portfólio, projeta uma imagem de inovação e, acima de tudo, prova que a marca é capaz de produzir uma Big Trail digna de respeito. Pode não ser para todos, mas para quem a entende, a Pan America é uma motocicleta com uma alma única, pronta para desbravar qualquer caminho. Pessoalmente, acho que isso tudo pode ser muito romântico, mas de modo pragmático tem que ter muito investimento em Marketing para mostrar ao mundo esta nova faceta da HD, o que no meu entender não foi o que aconteceu. E se não acontecer, pode matar um bom produto rápido, o que seria uma pena.

O Veredito Final: eu compraria?

A Pan America não é uma escolha emocional baseada em querer fazer parte de algo. É uma compra racional, que deve ser meticulosamente pensada, avaliando prós e contras.

Tem o charme de uma GS? Não, mas também não tem o preço salgado dela. Tem o acabamento de uma Tiger? Não, mas também é menos visada.

Você acha ela cara para o teu bolso? Vai atras de uma usada; tem várias no mercado com baixo km e preço muito bom. O produto é bom, confie.

Moto é emoção e não razão para mim. Então eu digo: pensaria muito se compraria uma Pan America, pois a decisão teria que ser racional. Se fosse para usar no dia-a-dia, eu compraria. Se fosse para eu usar apenas no fim de semana, pegaria uma GS, a qual ficaria ao lado de uma Fat Boy na garagem de meus sonhos.

E não esqueça nunca o nosso mantra: pilote sempre com responsabilidade. Mas jamais esqueça que o capacete ouve os demônios de tua cabeça, o escapamento grita o que tua garganta não consegue gritar, a suspensão aguenta os teus altos e baixos emocionais. E a moto te leva a lugares reais e imaginários que nenhum outro veículo te leva. E junto com os cachorros, ela é o melhor amigo do Homem, sempre.

1250ccavaliaçaoharleyHarley DavidsonMotopan america
Odoardo Carsughi

Odoardo Carsughi é engenheiro mecânico formado pela Escola de Engenharia Mauá em 1991, com MBA pela USP em 2001. Iniciou a carreira em consultoria de gestão na Accenture e acumula 29 anos de experiência em empresas multinacionais e nacionais, passando por manufatura, bens de consumo, bancos, agro e saúde.

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Claudio Carsughi é jornalista, comentarista e crítico de Fórmula 1, de futebol e da indústria automobilística. Atua nesses segmentos há mais de 50 anos.

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