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Industria AutomobilisticaMotoMotociclismo

Harley-Davidson Fat Boy 2025: a lenda do Exterminador do Futuro continua viva?

por Odoardo Carsughi 19/08/2025
por Odoardo Carsughi 19/08/2025
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O Exterminador do Futuro

O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final” (1991) – Foto: Reprodução

Poucas motocicletas alcançaram o status de lenda como a Harley-Davidson Fat Boy. Para uma geração inteira, sua imagem está permanentemente fundida à de Arnold Schwarzenegger em “O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final” (1991). A cena em que o T-800, de jaqueta de couro e óculos escuros, pilota a Fat Boy ao som de “Bad to the Bone” não foi apenas um momento memorável do cinema; foi um dos maiores comerciais da história.

Aquela moto, com suas rodas de disco sólido e postura imponente, tornou-se o símbolo máximo do “badass” – vou deixar o termo em inglês pois não consegui uma palavra diferente de fod* para usar neste artigo! Ela não era apenas um veículo, mas uma declaração de força, atitude e rebeldia. Mais de três décadas depois, a pergunta que ecoa é: a Fat Boy 2025 ainda carrega essa mesma essência?

Mas como tudo isso começou?

A história da Harley-Davidson (HD) é a personificação do sonho americano. Ela não apenas sobreviveu a duas guerras mundiais, à Grande Depressão e a uma concorrência feroz que faliu dezenas de outras marcas, mas também se tornou um dos símbolos culturais mais poderosos do mundo.

Vamos olhar um pouco a linha do tempo!

1. O Início Humilde em um Barracão (1903-1910s)

Tudo começou, como muitas lendas americanas, em um pequeno espaço. Em 1903, em Milwaukee, Wisconsin, William S. Harley, de 22 anos, e seu amigo de infância, Arthur Davidson, de 21, construíram seu primeiro protótipo em um barracão de madeira de pouco mais de 9 m² nos fundos da casa da família Davidson.

・ O Primeiro Motor: O objetivo inicial era criar um pequeno motor para acoplar a uma bicicleta. Com pouca potência, já começaram a pensar em um motor maior;
・ Aprimoramento e Fundação: Com a ajuda dos irmãos de Arthur, Walter e William Davidson, construíram um motor maior e um quadro mais robusto. Em 1903, a “Harley-Davidson Motor Company” estava oficialmente no mapa.
・ Foco em Durabilidade: Desde o início, a marca se focou em construir máquinas robustas e confiáveis. Walter Davidson, um piloto habilidoso, começou a competir e a vencer corridas, provando a resistência das motos e gerando as primeiras vendas e reputação nas pistas.

2. A Prova de Fogo: Guerras, Crises e Domínio (1910s-1950s)

Este período solidificou a Harley-Davidson como uma força industrial e a principal fabricante de motocicletas da América.

・ Primeira Guerra Mundial: A H-D forneceu mais de 20.000 motocicletas para o exército americano. A moto provou ser um veículo versátil e confiável no campo de batalha, o que impulsionou enormemente sua imagem e produção.
・ A Grande Depressão (Anos 1930): Enquanto a maioria das fabricantes faliu, a H-D sobreviveu. Como? Diversificando (fabricaram motores industriais) e focando em vendas para departamentos de polícia, um nicho de mercado estável. Ao final da depressão, apenas a Harley-Davidson e sua rival, a Indian, restavam no mercado americano.
・ Segunda Guerra Mundial: A produção foi quase inteiramente dedicada ao esforço de guerra. A H-D produziu quase 90.000 unidades do modelo WLA, conhecido como “Liberator”, para as forças aliadas.

3. A Era da Rebeldia e a Crise de Identidade (1950s-1970s)

No pós-guerra, a imagem da marca começou a mudar drasticamente.

・ A Cultura “Outlaw”: Soldados que retornavam da guerra, acostumados à adrenalina e à camaradagem, formaram clubes de motociclismo. A imagem do motociclista rebelde, popularizada por filmes como “O Selvagem” (1953) com Marlon Brando, grudou na marca. A H-D tinha uma relação de amor e ódio com essa imagem: era ruim para as vendas familiares, mas criava uma mística poderosa.
・ A Crise da AMF (American Machine and Foundry): Em 1969, para evitar uma aquisição hostil, a Harley-Davidson se vendeu para a AMF. Este é considerado o período mais sombrio da empresa. A AMF focou em cortar custos e aumentar a produção, o que levou a uma drástica queda na qualidade. As motos vazavam óleo, vibravam excessivamente e quebravam. A reputação da marca foi para o chão, enquanto concorrentes japonesas (Honda, Kawasaki, Yamaha) ofereciam produtos mais baratos, confiáveis e modernos.

4. A Ressurreição: Uma Reviravolta Lendária (Anos 1980)

Quando a empresa estava quase à beira do colapso, ocorreu uma das mais espetaculares reviravoltas corporativas da história americana.

・ A Compra pelos “13 Apóstolos”: Em 1981, um grupo de 13 executivos da Harley-Davidson, liderados por Vaughn Beals e Willie G. Davidson (neto do fundador), comprou a empresa de volta da AMF.
・ Estratégia de Reviravolta:

1. Qualidade Primeiro: Implementaram sistemas de controle de qualidade rigorosos. O mantra era “A Águia Voa Sozinha” (The Eagle Soars Alone), simbolizando a independência e o orgulho americano.
2. Abraçar a Herança: Em vez de competir diretamente com as motos japonesas, eles decidiram fazer o oposto: criar motos que eram inconfundivelmente Harley-Davidson. Lançaram o motor “Evolution”, que era mais confiável, mas mantinha o visual e o som característicos.
3. Vender um Estilo de Vida: Em 1983, criaram o H.O.G. (Harley Owners Group). Foi uma jogada de mestre. A empresa parou de vender apenas motocicletas e passou a vender uma experiência, uma comunidade, um sentimento de pertencimento. O H.O.G. se tornou a maior organização de entusiastas de uma marca no mundo.

5. Ícone Global e Desafios Atuais (Anos 1990 – Hoje)

A estratégia funcionou. A demanda explodiu e a Harley-Davidson voltou a ser um ícone de qualidade e um símbolo de liberdade.

・ Domínio e Expansão: Durante os anos 90 e 2000, a H-D se tornou uma marca premium global, com longas filas de espera por seus produtos.

Harley-Davidson Fat Boy 2025

Harley-Davidson Fat Boy 2025 (Foto: Divulgação/HD)

A Alma da Harley-Davidson: Mais que uma Moto, um Estilo de Vida

Para entender a Fat Boy, é preciso relembrar a “aura” H-D. Ela não vende apenas motocicletas; ela oferece um passaporte para um universo cultural. A paixão que ela gera em seu público é um fenômeno estudado em marketing e sociologia. Existem alguns pontos que são importantes para entendermos tudo que cerca o universo Harley:

・ Herança e Som: Com mais de um século de história, a H-D é um ícone americano. Seu motor V-Twin produz um som ritmado e inconfundível — o “potato-potato” — que é considerado por muitos a trilha sonora da liberdade;

・ Customização e Identidade: Uma Harley raramente permanece original. Ela é uma tela em branco para que o proprietário expresse sua personalidade através de incontáveis acessórios, pinturas e modificações. Cada moto torna-se uma extensão única de seu dono;

・ Comunidade e Irmandade: Ser um “Harleyro” significa pertencer a uma comunidade global. Através do H.O.G. (Harley Owners Group) e de eventos que reúnem milhares de pessoas, a marca fomenta um forte sentimento de irmandade e pertencimento. Comprar uma Harley é comprar um ingresso para essa família.

O Coração da Fera: Motor e Desempenho

A Fat Boy 2025 vem equipada com o motor Milwaukee-Eight® 117 Custom. Com 1.923 cm³, este V-Twin é uma usina de força focada em torque em baixas rotações.

・ Potência: Entrega aproximadamente 107 cavalos, um número que não impressiona no papel quando comparado a superesportivas, mas que é perfeitamente adequado à sua proposta.
・ Torque: Aqui está seu verdadeiro trunfo. Com 17,2 kgfm de torque disponíveis cedo, a moto oferece acelerações vigorosas e retomadas impressionantes, mesmo em marchas altas. É aquela “patada” que empurra você contra o banco, tornando cada saída de semáforo um pequeno evento.

Ela não foi feita para recordes de velocidade, mas sim para proporcionar uma pilotagem imponente e prazerosa em estradas e avenidas decentes.

Agora vamos falar de coisas boas e não tão boas dela:

O que amei nela

1. Presença e Estilo Inquestionáveis: A Fat Boy é uma escultura sobre rodas. As rodas de disco sólido, o pneu dianteiro largo (160 mm) e o traseiro enorme (240 mm) criam uma silhueta musculosa e inconfundível. Estacionada ou em movimento, ela domina o ambiente. Não dá para negar. Isso se chama em inglês de “gravitas” – quem tem é notado mesmo de boca fechada, neste caso, parada estacionada e de motor desligado. Você não vai passar despercebido!

2. Torque Brutal: O motor de 117 pol³ é maravilhoso, para dizer pouco. A entrega de força é imediata e deliciosa, ideal para uma pilotagem “cruiser”.

3. Conforto em Estradas: Com uma posição de pilotagem relaxada, plataformas para os pés e um assento bem projetado, ela é uma excelente companheira para viagens de curta e média distância em boas estradas.

4. Tecnologia Minimalista: Se você busca painéis TFT coloridos, múltiplos modos de pilotagem e conectividade avançada, a Fat Boy não é sua moto – vai de Ducati. A proposta aqui é clássica, com um painel simples montado sobre o tanque. Menos é mais, sempre.

5. Valor de Revenda e Status de Ícone: Como um verdadeiro clássico, a Fat Boy tende a manter um bom valor de mercado. Ser proprietário de uma é possuir um pedaço da história do motociclismo.

O que não amei nela

1. Agilidade Limitada: Com 315 kg em ordem de marcha e um pneu traseiro extremamente largo, a Fat Boy não é uma moto muito ágil, apesar do centro de gravidade extremamente baixo. Manobras em baixa velocidade e curvas fechadas exigem força e antecipação para não virarem um mico para quem pilota.

2. Preço Elevado: Ser um ícone tem seu preço. A Fat Boy está posicionada em uma faixa de valor elevada, tanto para aquisição quanto para manutenção e seguros, tornando-a um bem de luxo – R$ 130-150k não são para qualquer um.

3. Suspensão em Pisos Irregulares: Embora tenha melhorado com o chassi Softail, a suspensão traseira de curso limitado ainda pode transmitir impactos mais fortes em asfaltos ruins, um ponto comum em muitas custom.

O Veredito Final: eu compraria?

A Fat Boy 2025 não é uma escolha racional baseada em planilhas de desempenho. É uma compra emocional, movida pelo desejo de possuir um dos maiores ícones da cultura pop sobre duas rodas.

Ela não é a moto mais rápida, a mais ágil ou a mais tecnológica. No entanto, ela triunfa onde muitas outras falham: ela tem uma alma e uma história. Ela continua sendo a mesma moto que o Exterminador escolheria para salvar o mundo — imponente, inabalável e inesquecível. Para quem valoriza essa aura e entende sua proposta, a Fat Boy não tem concorrentes. É uma categoria em si mesma.

Faz curva como uma speed? Não. Enfrenta off road como uma bigtrail? Não. Mas sabe de uma coisa? Who cares? Ela é puro lifestyle.

Pesou para o teu bolso? Vai atras de uma usada; tem várias no mercado com baixo km (aliás, alto km não é um problema para os motores H-D).

O Exterminador do Futuro

O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final” (1991) – Foto: Reprodução

Moto é emoção e não razão para mim. Então não tenho nenhuma dúvida em afirmar: ela teria um lugar de destaque na minha garagem. Compraria fácil. Aliás, está nos meus planos ter uma Fat Boy para me sentir o Arnold Schwarzenegger.

E não esqueça nunca o nosso mantra: pilote sempre com responsabilidade. Mas jamais esqueça que o capacete ouve os demônios de tua cabeça, o escapamento grita o que tua garganta não consegue gritar, a suspensão aguenta os teus altos e baixos emocionais. E a moto te leva a lugares reais e imaginários que nenhum outro veículo te leva. E junto com os cachorros, ela é o melhor amigo do Homem, sempre.

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fat boyharleyHarley DavidsonMoto
Odoardo Carsughi

Odoardo Carsughi é engenheiro mecânico formado pela Escola de Engenharia Mauá em 1991, com MBA pela USP em 2001. Iniciou a carreira em consultoria de gestão na Accenture e acumula 29 anos de experiência em empresas multinacionais e nacionais, passando por manufatura, bens de consumo, bancos, agro e saúde.

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Claudio Carsughi é jornalista, comentarista e crítico de Fórmula 1, de futebol e da indústria automobilística. Atua nesses segmentos há mais de 50 anos.

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