O Fusca é um dos carros mais carismáticos na história dos automóveis. Concebido e criado na década de 30 conquistaria o mundo todo nas décadas seguintes com sua simpatia e charme próprios. E o estilo de joaninha acabou eternizando o design de Ferdinand Porsche.
Além disso trazia uma característica essencial em tempos de guerra ou de paz: um conjunto mecânico extremamente simples e objetivo. O motor boxer com cilindros contrapostos refrigerado ar até hoje é uma referência em manutenção barata e simples. Diz a lenda que um arame pode resolver todos os seus problemas mecânicos e é quase por aí.
Ao longo de sua história ele teve pouca variação estética e opções de carroceria. Poderia ser um sedã ou conversível. De maneira geral cumpria sua função de levar passageiros com conforto relativo dentro do aspecto econômico da época. Mas e uma versão de quatro portas?
Essa ideia foi inicialmente utilizada por uma empresa alemã chamada Karosserie Friedrich Rometsch que passou modificar os besouros aumentando o entre-eixos em 26 cm e instalando duas portas a mais. Curiosamente as portas traseiras eram no estilo “suicida”. Essa versão se tornou extremamente rara e atualmente só se sabe de quatro exemplares no mundo que estão expostos no Museu da Volkswagen, em Wolfsburg.
Fusca 4 portas (Foto: Renato Bellote)
Mas também encontramos um projeto nacional projetado e construído no tradicional bairro da Casa Verde, em São Paulo, que usou como base um Fusca 1973. Repare que no carro da matéria o entre-eixos foi alongado em 20 cm. De qualquer forma o trabalho respeitou a curvatura do teto do carro, talvez uma das coisas mais difíceis em uma customização como essa.
As portas traseiras são menores nesse caso. Na versão alemã foi encontrada uma solução um pouco mais harmônica, esteticamente falando. De qualquer forma o acesso ficou mais fácil e aumentou consideravelmente o conforto para os ocupantes do banco traseiro.
Na hora de rodar foi mantido o motor com 1300 cm³ de cilindrada, o que deixa o carro um pouco fraco na subidas e quando está com passageiros. De qualquer forma a ideia inusitada é justamente utilizada aos finais de semana e, nesse caso, a diversão está garantida. Além dos olhares curiosos pela rua, é claro.