
Carlo Ancelotti (Foto: Reprodução/Twitter @RealMadrid)
Esta pergunta foi-me feita em particular e resolvi aproveitá-la para expor meu pensamento a respeito, deixando bem claro, desde logo, que vou entender perfeitamente quem tiver opinião contrária.
Entendo que a decisão do técnico italiano foi acertada, pois dirigir um clube é totalmente diferente de dirigir uma seleção.
No clube, o técnico tem todo o tempo que quiser, dia após dia, para implantar o próprio esquema de jogo, eventualmente adaptá-lo às características dos jogadores que compõem o elenco e testar os resultados. E dirigente algum vai querer que o time só vença; uma derrota ou outra, desde que não ocorra em jogos decisivos, será aceita como normal.
Já na seleção o panorama é diferente. Os dirigentes exigem resultados imediatos, e uma derrota pode significar o adeus ao técnico, seja qual for seu passado. O caso brasileiro é eloquente e dispensa maiores comentários.
Assim, entendo que Ancelotti, posto frente à escolha de continuar no Real Madrid (não por acaso um dos maiores clubes do mundo), onde goza do apoio do presidente Florentino Pérez, ou sair para dirigir a seleção brasileira (uma das mais famosas no mundo) e arriscar-se a ser despedido depois de duas ou três eventuais derrotas, tenha optado pela segurança. Segurança de poder continuar desenvolvendo seu trabalho e aumentar a galeria de troféus.