
Foto: Gabriella Carsughi/Portal Carsughi
A Fórmula 1 é muito mais do que corridas velozes e carros potentes. Por trás das ultrapassagens emocionantes e dos pódios disputados, existe um universo repleto de história, inovação tecnológica e estratégias surpreendentes. Mesmo quem acompanha as temporadas de perto pode se surpreender com fatos pouco divulgados que moldaram (e continuam moldando) o circo da F1.
A seguir, conheça cinco curiosidades fascinantes sobre a Fórmula 1 que provavelmente você ainda não sabia.
1. Os carros de F1 poderiam andar de cabeça para baixo
A aerodinâmica dos carros de Fórmula 1 é tão eficiente que, em teoria, eles poderiam andar de cabeça para baixo, desde que fossem mantidos a uma velocidade mínima de aproximadamente 180 km/h. Isso é possível graças ao chamado “efeito solo”, que gera uma força descendente capaz de manter o carro colado ao solo, mesmo em curvas a altíssima velocidade.
Embora essa façanha nunca tenha sido tentada na prática por razões óbvias, o dado impressiona e demonstra o quanto o design aerodinâmico na Fórmula 1 está à frente até mesmo de muitas aeronaves.
2. Uma equipe de pit stop treina como atletas olímpicos
Um dos momentos mais emocionantes da corrida é a parada nos boxes. Em apenas cerca de dois segundos, uma equipe inteira consegue trocar os quatro pneus de um carro – e isso com uma precisão quase cirúrgica.
O que poucos sabem é que essas equipes treinam com a mesma dedicação de atletas profissionais. Muitas equipes contam com preparadores físicos, fisioterapeutas e rotinas diárias de treino. A Red Bull Racing, por exemplo, chegou a bater o recorde mundial com uma troca de pneus em apenas 1,82 segundo. Cada milésimo conta, e um pit stop perfeito pode decidir uma corrida.
Esse treinamento constante envolve não apenas exercícios físicos, mas também simulações repetidas em ambiente controlado, onde cada movimento é cronometrado e ajustado. Erros milimétricos podem custar posições valiosas na corrida.
3. Blockchain e criptoativos começam a marcar presença na F1
A Fórmula 1 sempre esteve na vanguarda da tecnologia e da inovação, e isso inclui a integração com o mundo digital. Nos últimos anos, algumas equipes e patrocinadores começaram a explorar o potencial da blockchain e dos criptoativos.
Um exemplo curioso é a adoção de contratos inteligentes para patrocínios, venda de merchandising em NFTs e experiências exclusivas para fãs usando tokens digitais. É nesse contexto que muitas plataformas passaram a monitorar dados financeiros ligados ao setor, inclusive a cotação ethereum dólar, uma das criptomoedas mais usadas nesse ecossistema.
O uso da tecnologia blockchain na Fórmula 1 ainda está nos estágios iniciais, mas já aponta para um futuro no qual o envolvimento do fã, o marketing e até mesmo a gestão logística podem ser radicalmente transformados.
4. A maioria dos pilotos perde até 3 kg por corrida
Quem assiste a uma corrida de Fórmula 1 da televisão talvez não tenha noção do esforço físico extremo exigido dos pilotos. Durante uma prova, eles enfrentam temperaturas internas superiores a 50°C, usam roupas antichamas, capacetes pesados e lidam com forças G comparáveis às de um caça.
Por isso, é comum que um piloto perca de 2 a 3 kg em apenas uma corrida, especialmente em pistas mais quentes e exigentes, como as do Bahrein ou de Singapura. Não por acaso, os treinos físicos dos pilotos incluem musculação, resistência cardiovascular e até treinos específicos para o pescoço, dada a pressão gerada nas curvas.
5. A Fórmula 1 já teve motores de 6, 8, 10, 12 e até 16 cilindros
A história da Fórmula 1 é marcada por uma variedade impressionante de configurações de motores. Nos primórdios, as equipes usaram motores V6, V8, V10, V12 e até mesmo o experimental H16, que foi introduzido pela BRM na década de 1960. Essa diversidade reflete os diferentes regulamentos técnicos adotados ao longo das décadas.
Atualmente, os motores são V6 turbo híbridos altamente eficientes, com sistemas de recuperação de energia e eletrificação que seriam impensáveis há alguns anos. Mesmo assim, o debate entre tradição e inovação ainda é constante, especialmente entre os fãs mais nostálgicos que lembram com saudade o som ensurdecedor dos V10.
O desenvolvimento desses motores modernos envolve engenharia de ponta, com laboratórios dedicados exclusivamente a testar combustíveis sustentáveis, simulações de desgaste e softwares de telemetria que monitoram o desempenho em tempo real. Tudo isso contribui para tornar cada carro uma obra-prima tecnológica.
O futuro da Fórmula 1 está cada vez mais tecnológico
Essas curiosidades demonstram como a Fórmula 1 não é apenas uma competição de velocidade, mas um verdadeiro laboratório de inovações. Desde tecnologias que desafiam a gravidade até o uso da blockchain e criptoativos, o esporte continua se reinventando para se manter relevante num mundo em constante transformação.
À medida que cresce o interesse por temas como sustentabilidade, eletrificação e transformação digital, é provável que novas curiosidades surjam e que os bastidores da Fórmula 1 continuem a nos surpreender tanto quanto o que acontece na pista.