Carlo Ancelotti (Foto: Reprodução/Twitter @RealMadrid)
O jogo de ida das quartas de final da Champions League entre Arsenal e Real Madrid foi seguido com particular atenção pelos dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol. E ao final do encontro era visível a satisfação de todos. Não que de repente tenham se tornado ardorosos torcedores do tradicional e famoso time inglês, longe disso.
A razão é bem outra. E se prende à possibilidade de contratar o técnico italiano Ancelotti para dirigir a seleção brasileira.
Como soe ocorrer no mundo do futebol, os dirigentes, frente a uma derrota clamorosa – e doida – buscam logo um responsável. Eles próprios, que escolheram o técnico, jamais se sentem culpados, seria exigir demais. A culpa é sempre de outrem. E como não é interessante culpar os jogadores, pois isso os exporia demasiadamente, criando um mal-estar com a torcida, o técnico é alvo predileto.
Quem lembra dos recentes insucessos da Seleção Brasileira e do que aconteceu com os técnicos que a comandavam, lembrará também que todos perderam o lugar. Embora, em minha opinião, sua culpa fosse relativa e os maus resultados devessem ser principalmente atribuídos a jogadores em má fase ou até mesmo super avaliados.
Assim a posição de Ancelotti ter-se tornado um tanto insegura, a menos de um semi-milagre no jogo de volta em que o Real Madrid tentará a façanha de inverter o 3-0 sofrido na Inglaterra, foi vista como a possibilidade do técnico ser exonerado (essa palavra é costumeiramente usada em lugar da expressão vulgar “mandado embora”) com os tradicionais “agradecimentos pelo trabalho realizado”. Outra expressão de costumeira utilização mas de sentido pelo menos dúbio.
E agora cabe esperar pelo que vem pela frente, mas não se surpreendam se Ancelotti pintar como técnico do Brasil.