
Foto: Kanat Kairatov/Unsplash
As telas de toque pareciam uma solução elegante e atraente, sem volta aos tradicionais botões que nasceram juntamente com os automóveis há 140 anos. A influência de celulares e tabletes chegou de forma avassaladora e exagerada. Entretanto, logo ficaram claras as sérias limitações ao desviar o olhar e/ou a atenção dos motoristas. Há de se reconhecer que também o fator custo, em geral mais baixo, pode ter levado aos exageros observados quase como regra.
Isso começou a ser mais bem pesquisado. A entidade Euro NCAP que executa testes de colisão desde 1997 e classificação por estrelas, ampliou os estudos para outros aspectos da segurança veicular. E vai limitar a quatro estrelas, do máximo de cinco, os modelos que por critérios objetivos exagerem nos comandos por toque e não apenas em telas.
Renault foi uma das primeiras, no final de 2024, a reconhecer que certas funções não podem depender de tato ou de desvio do olhar. Nos próximos lançamentos vai mudar. Por outro lado, a VW acaba de anunciar uma revisão total dos conceitos atuais em vários de seus modelos que incorporam controles deslizantes e comandos táteis. O chefe de projetos, Andreas Mindt, foi taxativo à Autocar inglesa:
“Nunca mais cometeremos esse erro. Volume de multimídia, pisca-alerta e controles de ar-condicionado central e laterais terão apenas botões. No volante e na coluna de direção só botões e alavancas. Acabará a adivinhação. Honestamente, carro não é telefone”, reconheceu.