Omoda E5 (Foto: Divulgação/Omoda)
Era fácil de prever. Seres confirmou saída e Neta oficialmente afirma que não vai se despedir do Brasil, embora a situação da matriz na China seja periclitante, conforme noticiário internacional.
No caso da primeira, os lançamentos, ou meras apresentações, foram fracos, o plano de negócios inconsistente, faltou capital e empenho e, acima de tudo, planejamento e visão do País.
A Neta só tem uma concessionária, no Rio de Janeiro (RJ) e a próxima, em Brasília (DF). Apenas 19 carros foram emplacados até agora. Sabe-se que pontos de vendas em shopping centers, como são hoje, não se sustentam.
Outras chinesas, ao contrário, adquiriram instalações industriais em Iracemápolis (SP) e Camaçari (BA), GWM e BYD, respectivamente. Há uma terceira, GAC, que está animada. Continua interessada na fábrica da Toyota, em Indaiatuba (SP), em processo de desativação. Sem unidade fabril no País e com o imposto de importação subindo para 35% em 2026, ficará bastante difícil qualquer marca de volume competir no Brasil.
Já o grupo Chery foi o primeiro a construir uma fábrica aqui, em Jacareí (SP). A unidade fechou em 2022 depois que a empresa chinesa praticamente já tinha doado as instalações para a atual Caoa Chery. Há poucos dias, Caoa retribuiu ao ceder parte do terreno para que o grupo chinês volte a tentar se firmar industrialmente aqui, desta vez com a divisão Omoda & Jaecoo. Por enquanto, são dois modelos importados: SUV cupê elétrico Omoda 5, agora e o SUV híbrido plugável Jaecoo 7, mais adiante.