
Foto: Divulgação/Honda
Depois de uma certa euforia, a fusão entre Honda e Nissan não deve acontecer. Os atritos vieram em janeiro, durante as negociações da parceria. A Nissan não teria concordado em se tornar uma subsidiária da Honda.
A Nissan enfrenta dificuldades financeiras, com uma queda de 94% no lucro líquido no primeiro semestre de 2024. O plano de reestruturação levaria ao corte de 20% de sua capacidade global e cerca de 9 mil empregos, o que preocupa a Renault, dona de 36% da Nissan.
Talvez por trás de toda essa reviravolta esteja uma negociação entre a Nissan e a Foxconn, cujo líder na área de veículos elétricos é um ex-Nissan. Jun Seki se reuniu com executivos da montadora japonesa para uma parceria.
Foxconn investe no desenvolvimento de veículos elétricos (Foto: Divulgação)
A fusão com um player não automotivo poderia trazer novas tecnologias e dinheiro para a Nissan em dificuldades, disse Seki à Agência Central de Notícias de Taiwan, onde a Foxconn está sediada. A Hon Hai, controladora da Foxconn, teria interesse em comprar ações da Renault. Há anos, a gigante de tecnologia tem ambições de produzir seu próprio veículo elétrico (EV), sem muito sucesso.
Se fosse levado adiante, o memorando de entendimento celebrado na véspera do Natal entre as duas japonesas criaria um dos maiores conglomerados automotivos, a quarta maior montadora do mundo, com capacidade e escala para brigar no segmento de elétricos.
Mas isoladas, elas são coadjuvantes em vendas globais (Honda a oitava e Nissan a nona) e podem ser superadas pelo grupo Geely, chinês que avança com Volvo, Zeekr e Lotus.