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Foto: Divulgação/Honda
O namoro entre Honda e Nissan oficialmente chegou ao fim, após um desacordo nas negociações que buscavam uma fusão.
As montadoras confirmaram o rompimento do memorando assinado em dezembro, após a proposta da Honda de transformar a Nissan em uma subsidiária, o que não agradou o conselho da Nissan e foi considerado “inaceitável” pela Renault.
Apesar do rompimento, as marcas ainda pretendem colaborar no desenvolvimento de veículos elétricos e de carros inteligentes.
A Nissan enfrenta uma crise desde 2018, com uma queda significativa em seus lucros e está elaborando um plano de reestruturação que exigirá o fechamento de fábricas e demissões. A Honda, em uma situação financeira mais favorável, via na Nissan uma parceira estratégica.
Além disso, a Nissan está considerando uma aliança com a gigante de tecnologia Foxconn, que tem interesse em desenvolver carros elétricos e pode ser uma alternativa em meio às dificuldades atuais.
・ Renault faz aliança para produzir eletrificados no Paraná
Fábrica da Renault no Paraná (Foto: Divulgação/Renault)
Enquanto alguns rompem, outros se juntam. A Renault firmou uma parceria com o grupo chinês Geely para colaborar na produção de veículos elétricos e híbridos no Brasil.
O acordo visa fortalecer a fabricação e comercialização de automóveis eletrificados e inclui um investimento da Geely na Renault do Brasil, que permitirá à montadora chinesa acessar a infraestrutura local.
As fábricas do Renault Group em São José dos Pinhais (PR) estarão dedicadas à produção de novos modelos a partir de 2026.
Geely Galaxy Starship 7 EM-i 2025 (Foto: Divulgação/Geely)
Entre os veículos cotados estão o SUV híbrido Geely Galaxy Starship 7 EM-i e o elétrico Galaxy E5, que competem com marcas como BYD e Tesla. Além disso, Renault e Geely já colaboram na joint-venture Horse, que fabrica motores.
Com essa aliança, ambas as empresas buscam expandir sua presença no mercado automotivo brasileiro, que representa 44% das vendas na América Latina. A parceria aguarda a assinatura de contratos definitivos e aprovações regulatórias.