A iniciativa da GAC começou em julho deste ano com o anúncio de investimento de R$ 6 bilhões no País. Agora, deu mais um passo e confirmou que vai erguer uma fábrica no País. A empresa foi fundada na China em 1954 pelo governo chinês. É a quinta maior em vendas neste país e produz lá carros da Toyota e Hyundai, além de uma linha completa de produtos próprios.
Como a Toyota está em processo de fechamento de sua fábrica de Indaiatuba (SP), poderia se imaginar que está tudo já acertado. Talvez não seja bem assim. A marca chinesa aparenta ter pressa e a japonesa costuma negociar no seu ritmo. As outras duas orientais, GWM (capital privado e aberto, desde 1984) e BYD (começou com veículos em 2003, tem ações em bolsa, mas o governo exibe suas “influências”), compraram instalações desativadas, respectivamente, da Mercedes-Benz, em Iracemápolis (SP) e da Ford, em Camaçari (BA).
Voltando à GAC, seu presidente no Brasil, Alex Zhou, mesmo comunicativo, não deu pista de que modelos vai importar e nem quais pretende montar e obviamente onde construirá ou comprará suas instalações. No estacionamento subterrâneo do prédio em área nobre onde se instalou em São Paulo (SP) há sete modelos, bem na saída, para qualquer um ver. Aparentemente, a estreia seria com os SUVs GS3 e GS4. Todavia, sua submarca Aion conta com hatch, sedã e SUV de dimensões compactas.
Zhou deixou claro que a empresa produz carros elétricos, porém continuará com sua linha atual de motores a gasolina, híbridos plenos e plugáveis. E anunciou convênios para desenvolver motores flex, no valor de R$ 120 milhões, com três universidades brasileiras: estadual Unicamp (Campinas, SP) e as federais de Santa Maria (RS) e de Santa Catarina, em Florianópolis.