Comprar um carro zero km ou semi-novo é sempre uma dúvida recorrente. Em 2023, foram vendidos cerca de 2,3 milhões de carros novos, de acordo com dados da Fenabrave. Isso representa uma alta de 9,7% em relação ao ano anterior.
Apesar disso, o preço médio do zero quilômetro chegou à marca de R$ 151,4 mil em fevereiro deste ano, como indicam os dados da consultoria automotiva Jato Dynamics. Em comparação ao mesmo período de 2023, os valores estão 7,7% mais robustos.
Considerando modernidade, tecnologia e exclusividade, é natural que veículos zero tenham preços altos. Isso, por si só, já faz com que seja necessário pensar muito bem antes de fazer a compra, mas outros elementos também devem ser levados em conta antes do fechamento de qualquer negócio, como depreciação, custos adicionais, pós-venda e custo-benefício geral.
Vantagens do carro novo
Comprar um carro novo é o objetivo de muita gente. Além da realização de um sonho, o veículo zero conta com algumas vantagens:
・ Não tem desgastes e vícios
・ Demora mais tempo para apresentar problemas
・ Tem garantia de fábrica (média de três anos)
・ Componentes tecnológicos que contribuem para a dirigibilidade, conforto, segurança e vida útil
・ Eficiência energética
・ Vantagens na hora da compra (condições especiais de pagamento, mais parcelas, serviços gratuitos, etc.)
Desvantagens do carro novo
・ Por outro lado, um zero-quilômetro também tem pontos negativos – especialmente em relação a gastos – que devem ser considerados antes da efetivação da compra:
・ Preços de mercado e IPVA mais altos
・ Despesas de documentação (registro, emplacamento, etc.)
・ Depreciação
A depreciação (ou desvalorização) é a perda de valor do veículo. Pela lógica, quanto mais o tempo passa, maior é a perda.
Há quem diga que o carro desvaloriza cerca de 20% ao sair da concessionária. A afirmação é exagerada, mas tem seu fundo de verdade. Geralmente, o que se considera é quanto determinado modelo custava em um ano e por quanto é vendido certo tempo depois.
Ao considerar outros gastos, como impostos, seguro e licenciamento, é claro que há um aumento expressivo. Mesmo assim, uma porcentagem tão alta condiz com a realidade. Segundo especialistas, no primeiro ano após a compra, a depreciação é de, no máximo, 15%.
Os preços da Audi, uma marca consolidada e muito respeitada de carros premium, servem de exemplo. O modelo de 2019 do A4 2.0 Prestige S Tronic, de acordo com a tabela Fipe, custava R$ 166.310 em setembro de 2023. No mesmo mês em 2024, o veículo sai por R$ 150.144. A diferença é de 9,7%.Isso significa que, quando chegar a hora de passar o veículo para frente, seu preço de venda será notavelmente menor do que o de compra.
Seguro
Os seguros de carros novos costumam ser mais em conta do que os seminovos ou usados porque as chances de defeitos são menores, justamente porque não há histórico de uso. Isso pode ser um atrativo para adquirí-los.
No entanto, vale lembrar que, a depender do modelo, ano de lançamento e valor de mercado, os planos ainda podem ser bem salgados.
Manutenção e consertos
Seguindo o mesmo raciocínio do seguro, veículos zero têm menos chances de apresentar falhas, o que traz alívio ao bolso em relação à manutenção e consertos.
Mas caso algo aconteça e seja preciso contratar os serviços de um mecânico, a conta pode sair alta. Se o modelo for um lançamento, o acesso a novas peças é mais difícil e mais cara. Naturalmente, a mão de obra acompanha o valor.
Carro novo ou usado: o que vale mais a pena?
De acordo com a percepção brasileira, um carro é considerado novo até um ano após sua compra ou quando atinge 10.000 km rodados. Depois, já é categorizado como seminovo ou usado, dependendo do tempo e da quilometragem.
No momento de decisão entre um veículo zero ou usado, é importante colocar na balança os tópicos citados anteriormente, estudando todos os cenários no que diz respeito a gastos e funcionalidade.
Ao mesmo tempo em que o carro novo oferece modernidade e segurança, custa mais e desvaloriza rapidamente. Já os seminovos e usados são mais baratos, mas podem gerar mais despesas com manutenção e possíveis consertos.
Há vantagens e desvantagens nas duas situações. Portanto, a escolha deve ser baseada no planejamento financeiro, desejos e necessidades de cada motorista.
Marcas, modelos, valor de mercado, funções do veículo, tipos de uso individual (frequência, questões geográficas, utilidade, perfil do motorista e famílias), planos de seguro e possíveis gastos com manutenção também são fatores que devem ser estudados para que o melhor custo-benefício seja determinado.