Com preços a partir de R$ 89.990, novo modelo brasileiro tem motivos para atrair pela emoção e pela razão
O terceiro modelo da Citroën com a plataforma CMP e produzido em Porto Real (RJ) parece ser o mais empolgante para a marca do grupo Stellantis.
Talvez porque o Basalt, que completa a linha C-Cubed, seja o mais bonito e de maior apelo visual. Nem por isso deixa de lado sua porção racional: é um SUV cupê espaçoso e com preços realmente competitivos.
Desde quando a Citroën foi incorporada à Stellantis seu destino já havia sido traçado: seria uma marca de carros acessíveis. Com toda invocação esportiva que sugere, o Basalt não é o mais caro do portfólio: ele fica acima do C3 e abaixo do Aircross.
A versão de entrada é a Feel, que por R$ 89.990 vem equipada com motor Firefly 1.0 de três cilindros de até 75 cv de potência e 10,5 kgfm de torque (com etanol), acoplado à transmissão manual de 5 marchas. Tem a seu favor o consumo: com etanol faz 9,3 km/litro (cidade) e 10,2 km/l (estrada). Bebendo gasolina, melhor ainda: 13 e 14,6 km/l, respectivamente.
As três versões seguintes trazem o motor T200, turboflex 1.0 que gera até 130 cv e 20,4 kgfm combinado ao câmbio CVT. Com etanol faz 8,3 e 9,6 km/l (cidade/estrada) e com gasolina, 11,9/13,7 km/l.
A Feel Turbo sai a R$ 96.990, a Shine Turbo R$ 104.990 e a First Edition Turbo, R$ 107.390.
Por esses preços, a Citroën espera fazer volume e atrair consumidores de sedãs compactos.
Como é a versão turbo
Durante o lançamento, tivemos contato apenas com a terceira versão, a Shine. A frente segue a mesma receita dos demais Citroën, com os faróis bipartidos, para-choque encorpado e capô alto.
Pela lateral, é possível perceber a inclinação do teto e do vidro traseiro que fazem toda a diferença em seu design mais esportivo. As rodas de 16 polegadas calçam pneus de dimensões 205/60 R16.
Atrás é onde o Basalt mais se destaca, com as lanternas recortadas que invadem as laterais e o aerofólio integrado à tampa, numa combinação harmoniosa de design.
O motor turbo certamente se adequa melhor à proposta mais esportiva do SUV cupê, apesar de algumas economias impostas para justificar seu preço.
Na cidade, o Basalt turbo é esperto e fácil de dirigir apesar de seus 1.191 kg em ordem de marcha. Mas foi surpreendente como mostrou disposição na estrada, subindo o giro e o velocímetro, sem gritar, e trabalhando em harmonia com o câmbio CVT.
Com 4,34 metros de comprimento, 1,82 m de largura, 1,58 de altura e 18 cm de altura livre do solo, o Basalt é um dos mais baixos da categoria. Sua dirigibilidade é agradável, apesar da direção leve demais para as altas velocidades.
A suspensão tem um acerto que prioriza o conforto e o balanço da carroceria fica mais incômodo para o passageiro do que para o motorista.
Para quem viaja e pega uma estradinha de terra batida, com pedregulhos, vai notar que o controle de tração corta a aceleração quando percebe o carro derrapando.
O espaço é outro destaque. Com distância entre-eixos de 2,64 metros, atrás é possível acomodar bem joelhos com boa altura para a cabeça também, ideal para dois passageiros, por causa do túnel central elevado. O porta-malas não é o maior da categoria, mas leva bons 490 litros de volume.
Plástico e itens essenciais
Para chegar a uma equação de custo-benefício, a Citroën teve de abrir mão de alguns itens. Atrás, nada de saídas de ar. Passageiro frontal não tem alça de apoio (e faz falta!). Os comandos elétricos dos vidros traseiros são compartilhados e ficam atrás do console central, para que todos possam acessá-lo.
Os bancos dianteiros são estreitos, os ajustes são manuais, mesmo nessa versão Shine topo de linha. Os acabamentos são variados, mas predominam os plásticos em portas e painéis. O ar-condicionado é digital, mas não é dual zone.
A direção tem apenas regulagem de altura, o painel de instrumento é digital, mas simples, e o sistema multimídia de 10” pareia sem fio, mas sua resolução é apenas razoável.
Para a segurança, apenas o indispensável: 4 airbags e controles de tração e estabilidade.
Por ser o SUV mais acessível do mercado, e ainda um SUV cupê, o Citroën Basalt propõe menos luxo e sofisticação, em troca de espaço e um motor que dá conta do recado.
Itens de série
Versão Feel 1.0
– Painel digital colorido de 7” customizável
– Airbags laterais dianteiros
– Citroën Connect Touchscreen de 10” com Android Auto e Apple Carplay sem fio com comandos no volante
– Câmera de ré
– Três entradas USB
– Luzes de condução diurna (DRL) com leds
– Seis alto-falantes
– Ar-condicionado
– Banco do motorista e volante com regulagem de altura
– Vidros dianteiros e traseiros elétricos com função one touch
– Rodas de 16” de liga-leve com pneus 205/60
– Travas elétricas com acionamento por telecomando da chave canivete
– Alarme
– Bocal do combustível com destravamento elétrico
Feel Turbo 200
Todos os itens da versão Feel mais:
– Motor Turbo 200 de até 130 cv
– Câmbio automático CVT com três modos de condução
Shine Turbo 200
Todos os itens da versão Feel Turbo 200 mais:
– Ar-condicionado digital
– Sensor de estacionamento traseiro
– Rodas de liga-leve de 16” diamantadas
– Faróis de neblina
– Limitador e controlador de velocidade
– Bancos e volante com revestimento premium
– Encostos de cabeça traseiros laterais com abas de apoio
– Skidplate dianteiro e traseiro
Opcional:
– Pintura bitom com teto Perla Nera
First Edition
Todos os itens da versão Shine Turbo 200 mais:
– Logotipos First Edition
– Faixa preta entre as lanternas
– Pintura Branco Nacré Perolizada (exclusiva)
– Rodas de liga-leve de 16” escurecidas
– Soleiras metalizadas
– Pedaleiras exclusivas
– Tapetes exclusivos
– Pintura bitom com teto Perla Nera