O Duster, SUV da Renault, chegou ao mercado em 2011. Poucos lembram de que foi a primeira resposta ao sucesso crescente do Ecosport, lançado em 2003 e ano após ano conquistando mais clientes para o segmento de SUVs, hoje o principal e não só aqui. O modelo francês é, hoje, o veterano do segmento dos SUVs compactos. A segunda geração, em 2020, avançou em segurança passiva e retoques de estilo. Sempre se destacou pela acomodação interna, ótimo porta-malas (475 litros/VDA) e faltava um conjunto motor-câmbio atualizado e potente.
Embora restrito à versão de topo Iconic Plus, o motor 1,3 L, turbo flex deu outra vida ao carro. Manteve a tradicional configuração de quatro cilindros (ainda destacadamente mais suave e silencioso que um três-cilindros), 170 cv (E)/162 cv (G) e 27,5 kgf·m, mais do que suficiente para garantir um desempenho muito bom e consumo bem razoável. Tudo harmonizado com o câmbio automático CVT de oito marchas reais e não “simuladas”, como se costuma dizer de modo impreciso. Aceleração de 0 a 100 km/h em 9,2 s (dado de fábrica) mostra agilidade e capacidade de recuperação típica de motores turbo.
Os R$ 160.690 do Duster, na versão avaliada com pacote Outsider, fogem da proposta central de preço competitivo, porém chama atenção principalmente pelas rodas de 17 pol. com acabamento diamantado escurecido. No interior, destaque para espelhamento de celulares Android e Apple, sem fio, carregador por indução e duas portas USB para o banco traseiro. Os seis airbags o colocam dentro de um bom padrão de segurança passiva. Com 2.673 mm de entre-eixos, quem viaja no banco traseiro tem bom espaço para ombros, pernas e cabeças. Faltam, entretanto, saídas de ar-condicionado atrás.