
BYD Song Pro (Foto: Divulgação/BYD)
A BYD lança seu décimo modelo no Brasil, desta vez o Song Pro, SUV de porte médio híbrido plug-in em duas versões. As primeiras 3 mil unidades custam R$ 189.800 (GL) e R$ 199.800 (GS).
Além de alguns conteúdos, a principal diferença das versões é a capacidade da bateria. O motor a gasolina é o 1.5 aspirado que gera 98 cv.
Na GL, o conjunto de 12,9 kWh leva o SUV a 71 km de autonomia apenas no modo elétrico e rende 223 cv de potência combinada, enquanto na GS, a bateria de 18,3 kWh permite rodar 110 km no motor totalmente silencioso. No total, a GS entrega 235 cv.
Bem equipado, o Song Pro oferece já na versão de entrada multimídia de 12,8”, câmera 360°, faróis e lanternas em LED, abertura da porta por sensor NFC e rodas de 18”. A opção GS acrescenta ajustes elétricos do banco do motorista e carregamento do celular por indução.
A BYD aproveitou o lançamento para anunciar que o Song Pro será seu primeiro modelo com produção nacional, na planta em Camaçari (BA) já a partir deste ano (montagem parcial).
Pro x Plus
Fotos: Divulgação/BYD
Apesar da carroceria SUV e do nome Song, eles são carros distintos. O Pro é R$ 40 mil mais em conta que o Song Plus (que custa R$ 229.800 o 23/24 e R$ 239.800 o 24/25) e carroceria é levemente diferente.
O Pro é 9 cm mais comprido (4,79 m), tem distância entre-eixos 5 cm mais curta (2,71 m) e porta-malas 50 litros menor (520 l) que o Song Plus.
Entre os conteúdos, o Song Plus traz a mais teto solar e sistema de assistência ao motorista, como frenagem autônoma de emergência, permanência em faixa e piloto automático adaptativo.
Abeifa emplaca 235% a mais no 1º semestre
Com a pressão da Anfavea em querer antecipar o aumento do imposto de importação para veículos híbridos e elétricos para 35%, a Abeifa, que representa importadores, se posiciona contrária a mudanças de regras e apoia a previsibilidade nas políticas industriais do setor automotivo, sobretudo em respeito aos consumidores que buscam tecnologias de ponta.
Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa (Foto: Divulgação)
“Nos encontramos na iminência de ter um grave retrocesso”, alerta Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa, para quem “medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são sempre ineficazes. A médio e longo prazos, são prejudiciais a toda cadeia automotiva e em especial ao Brasil. As importações, além de regular o mercado interno por meio da competitividade de tecnologias e de preços, desafiam as montadoras locais a melhorar seus próprios produtos e ao aumento efetivo das exportações, o que vale dizer que a competitividade coloca em xeque a indústria local”.
A Abeifa, que representa 10 marcas, também se manifesta contrária à inclusão dos veículos elétricos no imposto seletivo da reforma tributária, em tramitação.
O aumento dos importados é foco de preocupação da Anfavea: das associadas à Abeifa houve crescimento de 235%, com quase 45 mil unidades emplacadas no 1º semestre. É contudo, um mercado pequeno: esses importados representam market share de 4,25% do total de 1,077 milhão de unidades do mercado interno brasileiro.
Vale ressaltar que no geral, importados da Anfavea, Abeifa e marcas não ligadas a associações somaram 198 mil unidades nos seis primeiros meses do ano. A China representou 78% desse montante, com alta de 449%.
Não à toa, os três importados mais emplacados no período foram da BYD: Song Plus (10.077 unidades), Dolphin (9.610) e Dolphin Mini (9.057).