Toda semana os nossos leitores tem acesso a um conteúdo bem interessante. Falo sobre modelos clássicos que fizeram história, projetos especiais, carros de cinema – como a matéria da semana passada – e às vezes falamos de alguns mitos sobre rodas. Esse é o caso da matéria dessa semana.
O Plymouth Superbird nasceu para as pistas. No final da década de 60 a Ford dominava a Nascar com o Torino. Seu 429 parecia imbatível e a Mopar pensou em uma forma de criar algo mais veloz e que vencesse mais corridas do que o Ford. Projeto, então, ganhava forma.
A primeira criação, digamos, exuberante foi o Dodge Charger Daytona, em 1969. A Plymouth pegou o seu modelo Road Runner e fez algumas modificações estéticas para aumentar o coeficiente dinâmico e também o downforce nas retas e curvas inclinadas do circuitos ovais.
E o projeto deu muito certo. Equipado com o mítico motor 426 Hemi o Superbird quase que, literalmente, voou baixo nas pistas chegando à velocidade máxima de 320 km/h. Em 1970 venceu 18 corridas e terminou outras 31 entre os 10 primeiros colocados.
A Nascar exigia 500 exemplares para homologação. E eles fizeram mais para um público ávido pela novidade. O comprador podia escolher entre três opções de motorização: 440 Six-Pack, 440 Six-Pack Commando e o 426 Hemi. A produção chegou a quase 2000 unidades, o que tornou o modelo extremamente raro.
O exemplar da matéria chegou ao Brasil há menos de dois meses. Ele foi totalmente restaurado e está atualmente com o terceiro dono. Debaixo do capô recebeu um kit stroker e agora tem 505 polegadas cúbicas e 8,3 litros Em outras palavras É um verdadeiro monstro.
Guiar o clássico foi uma experiência extremamente sensorial e marcante. O destaque fica para o torque considerável e o câmbio manual de quatro marchas, o também clássico pistol grip. A cada acelerada o som compassado do motor V8 sobe de giro e cola o corpo no banco. Melhor do que falar é assistir e ouvir o vídeo. Divirtam-se!