Qual a melhor receita de um carro esportivo? A resposta para essa pergunta é diferente de acordo com a cultura automotiva de cada país, de cada região. Para alguns mercados pode ser algo feito de uma maneira enquanto para outros feito de maneira diversa. Nesse caso os fins justificam os meios de modos bastante distintos.
A década de 80 trouxe novidades muito interessante pra quem gostava de dar umas aceleradas por aí. Os esportivos de origem europeia tomaram conta do mercado e conquistaram definitivamente a juventude. Tivemos algumas exceções como Puma GTB, mas que não durou muito na época. A ideia de motores com quatro cilindros, tração dianteira, desempenho apimentados e um bom acerto de suspensão acabou se sobressaindo.
E foi exatamente essa a fórmula dos esportivos sobre os quais falarei nesta matéria. A Fiat deu o pontapé inicial na ideia com o o Fiat 147 Rallye trazia ingredientes que o tornavam divertido de acelerar, tais como a suspensão independente nas quatro rodas e a exclusiva mecânica de 1,3 litro, que o faziam ir além da simples caracterização externa.
Com a chegada do Uno, em 1983 na Europa e no ano seguinte no Brasil, a marca sabia que tinha em mãos algo com potencial para criar versões interessantes. Nesse sentido SX, lançado em 1984, trazia um pouco dessa ideia. Nesse caso, sem dúvida nenhuma, o acerto geral não era de um esportivo mas sim de um esportivado. Mas ele abriria caminho para o 1.5 R, que veio na sequência e fez jus à sigla na época. Ele era divertido de guiar e com um bom acerto dinâmico.
A Fiat evoluiu com a versão 1.6 R que trouxe um pouco mais de potência ao motor Fiasa. Aliás, vale ressaltar, que os nossos vizinhos argentinos são grandes fãs dessa mecânica italiana e vários deles competem nas arrancadas e provas de automobilismo. O som realmente é sensacional.
Tanto o 147 Rallye quanto o Uno 1.5 R da matéria pertencem ao mesmo dono, que customizou de uma maneira bastante interessante. Um dos destaques é o jogo de rodas ligeiramente alargado, algo que só acontecia na época com a troca das rodas originais por modelos de tala mais larga. Nesse caso a ideia de um conceito esportivo ficou maior.
O 147, inclusive, está na mesma família desde 0 km. É um carro que traz uma história de vida bem interessante para época. Ja o Uno recebeu injeção programável, o que faz da condução algo bem divertido. Nos dois casos aproveitando todos as características que fizeram deles modelos que a molecada gostava bastante na época.