O título da matéria desta semana pode ter surpreendido muita gente. Afinal, estamos falando do famoso Herbie, que fez sucesso no cinemas durante as décadas de 60 e 70? Naquele caso o simpático besouro trazia um espírito e alma divertidos com situações muito interessantes.
Mas no caso do exemplar desse texto a história é um pouco diferente. Como sabemos a inteligência artificial caminha a passos largos em vários segmentos da sociedade. O transporte é um deles e outros também se beneficiam dessa tecnologia desenvolvida ao longo dos anos.
No segmento automotivo podemos ver a inteligência artificial em equipamentos de multimídia onde os motoristas “conversam” com um sistema dizendo orientações ou escolhendo músicas ou ainda dando pequenos comandos para o carro, como fechar os vidros ou aumentar a ventilação e a temperatura do ar-condicionado.
Quem gosta de cinema vai se lembrar também, entre os carros que andaram sozinhos, do icônico Pontiac Trans Am da série Super Máquina, a minha preferida de todos os tempos. Por lá o carro realizava pequenos comandos e fazia uma das coisas mais legais: era totalmente autônomo quando necessário.
Mas no caso deste Fusca 1970 a história é bem diferente. Ele pertence ao professor André Godoi que usa o veículo, além dos rotineiros passeios de final de semana, para desenvolver tecnologia e ensinar o seus alunos na prática.
A tecnologia artificial permite ao carro dizer um conjunto de frases, usar reconhecimento facial e também, através de um mecanismo mecânico instalado nos pedais e outro no câmbio, segue algumas ordens para dar partida, engatar a marcha, usar embreagem e se movimentar por alguns metros.
O mais interessante desse projeto é a ideia de desenvolver tecnologia e disseminar conhecimento para um uso futuro em veículos convencionais. Outra coisa legal é que esses aparatos são retirados e o clássico besouro volta a ser um Volkswagen dos anos 70 cheio de estilo.