Pequeno, ágil e com um estilo único. O clássico modelo da BMW que o leitor conhece essa semana tem um toque especial que nos lembra os saudosos Romi-Isettas, mas com espaço para quatro pessoas e o charme da marca bávara.
O 600 chegou ao mercado em 1957 e foi produzido apenas durante dois anos. Em uma época onde se buscava a diminuição do consumo de combustível e também a praticidade seu maior concorrente era o Fusca, seguido por outros mini-carros que também surgiram na Europa.
O modelo é equipado por um motor de 582 cm³ de cilindrada, 19,5 cv, carburador único Zenith e se comporta bem em meio ao trânsito, apesar de seu tamanho reduzido (2,90 m por 1,40 m). O que mais chama a atenção é o fato de existirem apenas sete unidades no Brasil, sendo esta a única com características totalmente européias.
O colecionador Marcos Valente Jr. comprou a máquina há três anos em péssimo estado de conservação. Ele conta a história. “A restauração DE FATO durou dez meses, mas passou por várias oficinas e o tempo total gasto (incluindo o perdido) foi de 2 anos e meio”, revela.
Vale dizer que o BMW 600 Limousine recebeu esse nome para diferenciá-lo da versão normal, que levava apenas duas pessoas. As rodas de 10 polegadas calçadas com pneus originais feitos em Portugal dão o toque especial ao carro.
Hora de dar um volta. A primeira coisa é a porta, que abre e leva com ela o conjunto de volante e caixa de direção. Saímos e a agilidade do modelo surpreende. Se não fosse o excesso de buracos, o conforto seria total. O pequeno é valente e encara subidas e descidas com desenvoltura.
Porém o mais divertido é notar a reação dos pedestres e outros motoristas na rua. Olhares, gestos e surpresa. O 600 consegue quebrar o gelo e a frieza das pessoas em uma cidade grande como São Paulo e faz a vida ser tão simples quanto a espontaneidade de um sorriso.