A Porsche foi o primeiro fabricante a adotar um motor turbo viável. Antes houve tentativas da Oldsmobile e da BMW que não deram certo. Até que chegou o Salão de Paris de 1974 e o lançamento do 911 Turbo de 3 litros com “apenas” 264 cv. Já o 718 Cayman GTS é um cupê esporte raiz de dois lugares com motor central traseiro lançado em 2005.
Até a geração anterior à atual o motor era um turbo, agora substituído por um 6-cilindros horizontais opostos três a três de aspiração natural, 4-litros, 400 cv a 7.000 rpm e 42,8 kgf·m entre 5.000 e 6.500 rpm com câmbio manual de seis marchas. Acelera de 0 a 100 km/h em 3,9 s, ótima marca.
Em poucas palavras, o oposto da maioria de hoje com motores turbo e câmbios automáticos até em carros esporte. E essa é a primeira ótima impressão do Porsche 718 Cayman GTS. O motor sobe de giros parecendo não ter fim até o corte automático a 7.800 rpm. A precisão do câmbio manual com ótimos engates só empolga. Se o motorista gosta de efetuar curvas muito rápidas se sentirá totalmente à vontade.
Pode-se escolher entre quatro modos de condução por meio de um botão rotativo logo abaixo do raio direito do volante: normal, sport, sport plus e individual. Sport plus é para quem sabe muito bem o que explorar em um automóvel.
O quadro de instrumentos do 718 tem ótima visibilidade. Já o comando do freio de estacionamento fica do lado esquerdo, ao lado da chave de ignição e partida, porém sem o recurso do auto-hold, a ativação automática nas paradas. Volante, de dimensões perfeitas, comanda uma caixa de direção incrivelmente precisa e com assistência elétrica ideal.
Retenção do banco do motorista ajuda muito em curvas e o grau de dureza é o necessário para qualquer tocada rápida e longas viagens. Em capítulo à parte estão a potência e precisão dos freios, sempre ponto de honra para a Porsche. Por fim, há dois porta-malas: dianteiro, de 150 litros e traseiro, de 120 litros. Para viagens curtas e médias dão conta do recado.
Preço: R$ 680.000.