Colocado estrategicamente em termos de porte entre o HR-V e o futuro CR-V (chega em janeiro próximo), a Honda aposta que o ZR-V vindo do México, sem imposto de importação, reúne potencial de vender 1.000 unidades por mês. O preço em versão única Touring de R$ 214.500 o torna menos competitivo frente a concorrentes diretos não híbridos como Compass, Corolla Cross, Taos e Tiggo 8, porém todos os itens de segurança, conforto e comodidade são de série.
Visto ao vivo é mais atraente do que em foto ou vídeo, em particular caimento do teto, capô longo e conjuntos ópticos dianteiro e traseiro. Por dentro, surpreende a ótima posição ao volante típica de hatches e sedãs, fugindo da mesmice dos SUVs. Do Civic herdou as saídas do ar-condicionado do tipo colmeia elegantes e eficientes, sem deixar de lado as saídas pelo assoalho para passageiros do banco traseiro. Há oito porta-objetos e até local para laptop.
O console central tem desenho fora do convencional e agradável, bem como as laterais de portas. Tela multimídia de 9 pol. está bem posicionada com apoio para os dedos que facilita o manuseio com o carro em movimento. Pode recarregar até seis celulares: por indução e por cinco portas USB. Há bom espaço atrás também para pernas, cabeças e ombros, mas o porta-malas de 389 litros perde para os principais rivais.
Um ponto alto do ZR-V é o comportamento dinâmico, em retas e curvas. O motor de 2 L, gasolina, 161 cv e 19,1 kgf·m tem desempenho bastante razoável, consideradas as limitações do câmbio CVT de sete marchas. No trecho de avaliação entre São Paulo (SP) e São Roque (SP), os 1.446 kg de massa não atrapalharam ultrapassagens e os quatro freios a disco mostraram precisão e eficiência.