A Grã-Bretanha tem grande tradição na difusão do automóvel como meio de transporte, mas no começo de sua história o cenário era completamente oposto. Foi lá que surgiu, em 1862, a Lei da Bandeira Vermelha. Os primeiros arremedos de veículos autopropelidos só podiam ser circulares precedidos de um homem a pé com a sinalização da bandeira (algumas fontes dizem que também soprando uma corneta). Isso não mudou nem a partir de 1886 com o primeiro carro, um triciclo, patenteado por Karl Benz na Alemanha. A lei citada só foi revogada em 1896.
Chegando a 2023, avançando em todo o Reino Unido a introdução de zonas onde o limite de velocidade é de 20 milhas/hora (32 km/h). Isso ocorre em bairros de baixo tráfego, mas de forma excessiva. Por isso, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, defendeu um freio para a expansão desenfreada dessas zonas em clara abertura para conquistar votos de eleitores.
Segundo a revista Autocar, o Automóvel Clube Real (RAC, na sigla em inglês) defendeu o limite de 32 km/h onde este é mais necessário. Porém, ressalvou que a implantação generalizada pode prolongar desnecessariamente os tempos de viagem, desacelerar o tráfego e até aumentar os congestionamentos.
Estas medidas anticarros, de fato, vêm-se expandindo de forma irracional. Por exemplo em São Paulo, onde o limite de 50 km/h está praticamente em toda a cidade, salvo as vias expressas marginais (90 km/h). Mesmo nas avenidas o limite anterior de 70 km/h foi revogado. Nos municípios vizinhos a velocidade permitida nas avenidas é de 60 km/h e nem por isso há mais acidentes.
No entanto, os motoristas paulistanos (e de outras procedências) foram surpreendidos por zonas de 40 km/h que surgem do nada e sinalizadas por placas que podem passar despercebidas. Será que quem cuida do trânsito no País poderia seguir os ingleses e adotar medidas mais racionais e menos exageradas?
Fenabrave revisão para cima as vendas em 2023
Os bons resultados de vendas no mês de setembro nos segmentos de veículos leves e pesados levaram a Fenabrave a revisão para cima suas variações para o fechamento deste ano: crescimento de 5,6% sobre os números de 2022. No início do ano a federação das consultorias se mostraram cautelosas e estimativas de crescimento zero em 2023. Em razão de menos dias úteis em setembro antes de agosto, as vendas chegaram a cair 4,8%, mas a média diária cresceu para 9.372 unidades, um bom resultado.
De acordo com José Andreta Jr, presidente da Fenabrave, este ano deve fechar com cerca de 2,2 milhões de unidades comercializadas. O único segmento a se retroceder será o de caminhões em função do aumento de preços nos novos motores Diesel, agora menos poluentes. A entidade sugeriu ao Governo Federal que um corte nos impostos não teria reflexo na arrecadação tributária, pois o mercado é bastante sensível a uma queda de preços e consequente avanço no marketing, como demonstrado em meados deste ano.
A Bright Consulting também melhorou a sua projeção para 2023. A consultoria foca somente em automóveis e comerciais leves, tendo revisado para cima seus números: de 2,069 milhões de unidades para 2,125 milhões. Para o chefe executivo da empresa, Paulo Cardamone, o ritmo de emplacamentos não deverá atrasar nos próximos meses.
Outra referência positiva é no mercado de veículos usados. Segundo a Fenauto, o volume comercializado nos nove primeiros meses deste ano cresceu 8,8% em ocorrência ao mesmo período de 2022.