O Circuito de Mônaco é, sem dúvida, um dos destinos mais icônicos e emocionantes do mundo automobilístico. Aninhado entre os arranha-céus do Principado de Mônaco, este circuito de rua intriga e fascina tanto pilotos quanto entusiastas da Fórmula 1.
As curvas sinuosas, paisagens e uma história riquíssima fazem com que Mônaco seja um santuário da Fórmula 1. Sem dúvida, é um circuito muito desafiador, a maioria dos pilotos já deram com o carro no muro algumas vezes, jogando fora corridas que, muitas vezes, estavam praticamente ganhas. Como diria o grande tricampeão mundial, Nelson Piquet, “correr em Mônaco é como andar de bicicleta na sala de casa”.
Neste artigo, exploraremos algumas das mais intrigantes curiosidades que cercam esse famoso circuito, revelando os desafios e encantos que fazem dele uma joia no calendário da Fórmula 1.
Necessidade de maior pressão aerodinâmica
Frequentemente, em Mônaco, alguns carros conseguem desempenhar melhor do que em outras pistas do calendário. Isso ocorre devido ao fato de que todos estão utilizando configurações máximas de aerodinâmica, ou seja, suas maiores asas. Nesse cenário, o que ganha ainda mais importância é a aderência mecânica e a tração nas saídas das curvas, sobretudo após a Ste Devote, no início da volta, e antes de entrar no túnel.
Juntamente com as asas de alta pressão aerodinâmica, os carros em Mônaco também recebem suspensões ligeiramente mais suaves, permitindo que os pilotos aproveitem ao máximo a extensão da pista e, eventualmente, rocem o guard rail sem danos significativos.
Curva do Cassino
A Curva do Cassino é uma das partes mais icônicas e desafiadoras do circuito de Mônaco. Localizada após a reta da piscina, a Curva do Cassino é uma curva à direita que leva os pilotos a uma subida íngreme. Normalmente, quando dois ou mais pilotos se alinham para tentar uma ultrapassagem, eles precisam ser muito cuidadosos para não causar um acidente e, consequentemente, acabar a corrida um do outro.
O nome “Curva do Cassino” faz uma referência ao cassino de Monte Carlo, que fica muito próximo ao circuito e é um grande ponto turístico do principado. Aliás, muitos turistas brasileiros que gostam da F1, aproveitam para conhecer o luxuoso cassino de Monte Carlo, alguns até aproveitam para treinar virtualmente os jogos de roleta online, blackjack e poker antes de, finalmente, desembarcarem em Mônaco.
Senna, o rei de Mônaco
Ayrton Senna é simplesmente um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1. Isso é indiscutível. O brasileiro é o maior vencedor do GP de Mônaco, com seis vitórias. Do atual grid, Lewis Hamilton ganhou três vezes, Sebastian Vettel e Fernando Alonso, duas; e Max Verstappen, Daniel Ricciardo e Sergio Perez têm uma cada. O momento mais marcante de Senna em Mônaco foi quando, na temporada de 1992, ele segurou a Williams de Nigel Mansell – que estava muito mais rápida na pista – durante 8 voltas e venceu de forma heroica.
Em 1966, somente 4 carros acabaram a corrida
Durante a etapa de Mônaco na temporada de 1966, a corrida foi simplesmente caótica. O lendário escocês Jackie Stewart foi um dos quatro pilotos que resistiram até o fim e venceu o GP de Mônaco. Apenas ele, Lorenzo Bandini, Graham Hill e Bob Bondurant completaram uma das corridas com maior incidência de abandonos em todos os tempos.
Pilotos ao mar
O Grande Prêmio de Mônaco apresenta curvas que se aproximam do Mar Mediterrâneo, e parte da experiência única dessa corrida é observar os iates ancorados próximos à pista enquanto a corrida acontece. No entanto, já ocorreram dois incidentes de pilotos caindo no mar durante o GP de Mônaco.
Em 1955 foi Alberto Ascari que saiu da pista quando liderava a prova e foi parar no mar. Ele saiu do mar com o nariz quebrado. Na temporada de 1965, foi a vez de Paul Hawkins, da Lotus, sair da pista e cair direto no mar. Felizmente, Hawkins saiu sem ferimentos do acidente.