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O automobilismo brasileiro está de luto! Faleceu na noite de ontem (01) o ex-piloto Bird Clemente, um dos maiores especialistas e conhecedores da pista de Interlagos e o primeiro piloto profissional do Brasil.
Bird nasceu em 23 de dezembro de 1937 e começou sua carreira no automobilismo em 1957, com 19 anos de idade, na segunda edição das 1000 Milhas Brasileiras, a bordo de um Fiat Millecento, mas não conseguiu concluir a prova pois seu carro quebrou.
Ao longo da sua brilhante carreira conquistou em 1970 as 24 Horas de Interlagos ao lado do irmão Nilson e as Mil Milhas Brasileiras de 1973, também com Nilson.
Foi mentor de importantes nomes que chegaram à Fórmula 1, como José Carlos Pace, Émerson Fittipaldi, Wilsinho Fittipaldi e Luiz Pereira Bueno.
Em 1963 ele se tornou o primeiro piloto profissional do país ao assinar um contrato com a Willys e a partir desse momento, viu sua carreira deslanchar.
Bird foi convidado a entregar um dos troféus da premiação automotiva Carsughi L’Auto Preferita de 2015
Tinha um estilo de pilotagem particular, marcado pelo controle das derrapagens, uma atitude de bastante ousadia na época.
Depois que se aposentou das pistas continuou acompanhando o automobilismo, sempre presente nas corridas de Fórmula 1 em Interlagos e, em 2008, lançou o livro “Entre ases e reis de Interlagos”, que conta a história do autombilismo com um rico acervo de imagens.
Nos últimos anos, um dom até então não revelado veio à tona: a paixão pelo desenho, chegando a fazer inclusive uma exposição na pizzaria Cristal em São Paulo, retratando vários carros e amigos a quem, depois, ele presenteou com sua arte, enviando um quadro com o retrato a cada um deles.
