O alerta vem de uma grande pesquisa recente feita nos EUA pela J. D. Power. Na realidade, quem está ao volante nem sempre consegue dominar o significado exato de cada um dos Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista (ADAS, na sigla em inglês) e, portanto, não tira proveito destes recursos em sua totalidade ou sentem algum grau de insegurança no seu funcionamento.
De fato, constatou-se que os consumidores estão atrasados na compreensão e preparação para níveis superiores de automação. Ou, por outra visão, a indústria automobilística está se adiantando ao oferecer muitos recursos, alguns até bem caros, sem que os clientes finais tenham absorvido o modo certo de entendê-los e operá-los. São muitas as siglas que descrevem até com palavras pomposas o que, de fato, oferecem.
Motoristas receptivos ao aprendizado são de gerações mais novas. A pesquisa apontou as fontes de informação: manual do proprietário (32%), pesquisa on-line (27%) e explicação na concessionária (26%). O restante procura se informar por conta própria e interação com o ADAS.
O resumo do sentimento de muito dos entrevistados aparece nessa declaração: “Não estou pronto para confiar minha vida a um veículo totalmente automatizado. Preciso de tempo para confiar nas capacidades do sistema.”
Segundo Bryan Reimer, cientista pesquisador do Centro de Transporte e Logística do instituto tecnológico MIT, alguns dos recursos altamente automatizados permanecem em fase de evolução e teste. Há problemas e limitações sendo encontrados – e corrigidos.
Para ele, “quanto mais cedo os consumidores reconhecerem que podem aproveitar hoje uma série de funcionalidades ADAS para ajudar o seu comportamento ao volante, mantendo ao mesmo tempo a responsabilidade ao guiar, rapidamente se chegará a um futuro em que daremos prioridade a escolhas de mobilidade segura, convenientes e sustentáveis proporcionadas por veículos altamente automatizados.”
Então, se você se considera um ser um pouco inferior por não compreender bem o funcionamento de algumas destas soluções, não se preocupe. Com o tempo a confiança aumentará e estará integrada a todo o ecossistema de segurança ativa que tem muito a oferecer.