Advertência vem da Universidade de Cornell, em Ithaca, no Estado de Nova York (EUA), uma das mais prestigiosas do país e fundada em 1865 (158 anos de tradição). Um estudo coordenado por quatro pesquisadores analisou a necessidade de planejar com mais cuidado a implantação dos carros elétricos a bateria depois de conferir o cenário de mineração em 48 países, incluindo China, EUA e Índia.
A pesquisa centrou-se nos principais metais e minerais hoje em uso na fabricação de baterias: lítio, cobalto, níquel, manganês e platina. Em relação ao lítio, se 40% dos modelos leves à venda no mundo forem elétricos até 2050, a mineração por si só altamente poluente terá de crescer 2.909% em relação a 2020. Na hipótese improvável de 100% de elétricos, aumento seria de 7.513%. Hoje não há minas suficientes para isso. Os números se repetem para os outros quatro metais com poucas variações.
Também clamou por prudência em relação aos veículos pesados cuja necessidade dos metais é muito maior. Entre as soluções estão a economia circular com foco na eficiência da reciclagem. Sugere ainda projetos alternativos para cátodos e ânodos das baterias, além das pilhas a hidrogênio verde.
Uma das alternativas vem sendo o sódio. A fabricante chinesa de baterias CATL acaba de anunciar que está pronta para industrializar a primeira bateria híbrida de sódio e lítio, porém não revelou pormenores como percentual de sódio utilizado, nem preço e outras características. Lítio é metal altamente inflamável em estado líquido e a segurança aumentará com as baterias de estado sólido previstas para daqui a cinco anos.