Largada da Sprint do GP de São Paulo de 2022 (Foto: Zak Mauger/LAT Images)
Adotado em 2021 para trazer mais emoção durante todo o fim de semana para alguns GPs determinados, o modelo Sprint na Fórmula 1 ainda gera controvérsia entre os fãs. Há quem goste e quem não veja sentido. Apesar disso, se antes apenas três corridas da temporada contavam com esse formato, para esse ano o número dobrou: serão seis Grandes Prêmios que incluirão a corrida Sprint. São eles: Azerbaijão (Baku City Circuit), Áustria (Red Bull Ring), Bélgica (Spa-Francorchamps), Catar (Lusail Circuit), Estados Unidos (Circuit of The Americas) e Brasil (Interlagos).
Porém, toda novidade merece melhorias e com essa não seria diferente. Diante de um cenário onde os pilotos não podiam se arriscar muito em pista – já que qualquer erro na corrida curta de sábado custaria todo o trabalho de um fim de semana que é construído até o “gran finale” de domingo -, a Fórmula 1 anunciou hoje (25) que o formato foi revisado e agora o Sprint será um evento isolado e não interferirá na corrida principal.
Como funcionava antes o formato Sprint
Na manhã de sexta-feira e sábado, os pilotos iam para a pista para os treinos livres. Já na tarde de sexta, uma classificação era responsável por definir o grid de largada da “corrida” Sprint de sábado. Por que corrida entre aspas? Na verdade, a corrida curta de sábado nada mais era do que uma nova classificação, já que seu resultado definia o grid de largada do GP de domingo.
Dessa forma, os pilotos e equipes, em sua maioria, adotavam estratégias mais conservadoras para evitar qualquer incidente, pois isso poderia implicar na perda de posições para a corrida principal.
não tinham um grande incentivo para se arriscar e ir atrás de ganhar posições na corrida Sprint, pois qualquer incidente poderia implicar na perda de posições para a corrida principal.
Como será o novo formato Sprint para 2023
Com a revisão do formato, que foi colocado em prática há dois anos, o modelo Sprint se torna independente do evento de domingo.
Na sexta-feira, ocorre a classificação no formato já conhecido, com Q1, Q2 e Q3 (durando, respectivamente, 18, 15 e 12 minutos), definindo o grid de largada de domingo.
No sábado pela manhã, foi inserida uma classificação específica para a Corrida Sprint. A diferença para a quali tradicional é que a Sprint Shootout é mais curta para que cada carro só consiga fazer uma volta rápida por sessão: o SQ1 (Sprint Qualifying 1) tem duração de 12 minutos, o SQ2 de 10 minutos e o SQ3 de 8 minutos. Agora, as equipes são obrigadas a alocar e usar um jogo novo de pneus para cada sessão: médios para o SQ1 e SQ2 e macio para o SQ3.
Durante a tarde, acontece então a Corrida Sprint, onde os carros percorrem o circuito por 100 km (cerca de 30 minutos) e os oito primeiros colocados pontuam, sendo 8 pontos para o vencedor, 7 para o segundo colocado, 6 para o terceiro e assim por diante até chegar ao 8º colocado. No domingo, programação normal.
Além disso, para que não restem dúvidas, a F1 também divulgou como funcionará a aplicação de penalizações. Qualquer penalização dada na sexta-feira será aplicada para a corrida de domingo; na classificação Sprint (ou Sprint Shootout), será aplicada na corrida Sprint; na corrida Sprint, será aplicada na corrida de domingo. Quanto às penalizações que envolvam trocas na unidade de potência, elas só serão aplicadas na corrida de domingo.
Em resumo:
Sexta-feira
– Treino Livre de 60 minutos pela manhã
– Classificação com Q1, Q2 e Q3 para definir o grid de largada de domingo
Sábado
– Classificação Sprint (ou Sprint Shootout) pela manhã com SQ1, SQ2 e SQ3 para definir o grid de largada da Corrida Sprint
– Corrida Sprint de 100km
Domingo
– Corrida (Grande Prêmio)
O formato com suas alterações já será colocado em prática nesse fim de semana do Grande Prêmio do Azerbaijão, realizado no circuito de rua de Baku. A programação completa você confere no site da Fórmula 1.
