Arruelas elásticas, porcas com inserção de nylon, dentre outros, são dispositivos mecânicos de fixação criados com o intuito de solucionar o corriqueiro problema de afrouxamento que ocorre na maior parte das montagens com roscas. São, no entanto, insuficientes para manter a carga de aperto, uma vez que vibrações, calor ou um binário de aperto não adequado acabam por provocar o afrouxamento dessas montagens.
Foi também por esse motivo que a Loctite, empresa de adesivos, vedantes e produtos para o tratamento de superfícies, ligada ao Grupo Henkel, realizou um workshop para mostrar como os produtos da marca resolvem esses problemas.
As demonstrações foram apresentadas a um grupo de especialistas do setor, dentre os quais Bruno Baptista, piloto da equipe RCM da Stock Car. Os produtos Loctite são utilizados nos carros do time. O curso foi realizado na unidade Ipiranga do Senai, em São Paulo.
Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de conferir as diferenças entre porcas e parafusos colocados sem e com a aplicação dos produtos Loctite. Enquanto as peças não recebiam o produto, as “folgas” eram facilmente perceptíveis.
Uma aplicação de Loctite 241 foi mais que suficiente para a total fixação. O produto é destinado a parafusos e fixadores que necessitam desmontagem simples, com ferramentas manuais.
Responsável pela parte técnica da apresentação, o gerente de desenvolvimento e aplicação da linha de adesivos e selantes da Linha Loctite, Célio Renato Bueno Ruiz, lembrou que o chamado “adesivo de máquina”, criado pela empresa em meados dos anos 50, já apareceu como uma inovação, por ser a química dentro da mecânica. “E isso cresceu de uma forma que é componente da indústria automobilística, de linha branca e aeronáutica”.
Ruiz lembra que a vedação tem como resultado a maior confiabilidade na durabilidade e na resistência das peças. “Para que elas durem até o tempo da manutenção, porque o problema é quebrar o carro antes da manutenção”.
O especialista lembra que há também economia de combustível. “Porque você monta plástico no metal, o que não conseguia fazer antes.
Por causa da adesão da vedação você diminui de 20% a 30% a quantidade de parafusos, você diminui o peso e consegue aumento da velocidade, reduzindo o consumo”.
A vedação vai, hoje, em toda a galeria de água e óleo, na montagem da bomba d’água, da bomba de óleo, na carcaça do volante, na vedação do bloco com cabeçote, na vedação do bloco com cárter e entra para a transmissão.
“Nas rodas você tem toda a vedação do sistema de lubrificação, de freios e no carro inteiro você tem redução da espessura de chapa por colocação de uma manta polimérica que reduz o peso do veículo”.
Bruno Baptista disse ter aprendido bastante e já levou adiante a ideia de levar os mecânicos da RCM ao Senai quando a Stock Car tiver etapas paulistanas.
“Eles já usam os produtos Loctite, mas é preciso aplicar certo. A aplicação errada não tem a mesma eficácia. Vamos tentar trazê-los todos os anos. Nossa equipe é uma das que menos têm quebras e isso já demonstra a qualidade dos produtos que a gente usa”.