Flamengo e São Paulo, finalistas em competições continentais nesta temporada, decidiram vaga para a final da Copa do Brasil. Deu a lógica: o rubro-negro passou com tranquilidade. Tal favoritismo não se deu apenas pela boa vantagem construída no confronto de ida, mas principalmente porque existem algumas claras diferenças entre as duas equipes.
Podemos citar os elencos, por exemplo, uma vez que o rubro-negro pode se dar ao luxo de olhar para o banco e ter Vidal, Cebolinha e Marinho como opções técnicas. Também vale mencionar o nível técnico dos jogadores de frente. O Flamengo tem mais destaques individuais, sem contar o número de atletas do elenco que foram convocados para defenderem as suas respectivas seleções. São seis no total: Pedro e Éverton Ribeiro (Brasil), Vidal e Pulgar (Chile) e Arrascaeta e Varela (Uruguai).
Sobretudo, a maior diferença entre as duas equipes está no repertório, e isso ficou nítido durante os 180 minutos da semifinal da Copa do Brasil. O São Paulo tem uma jogada marcada — e muitas vezes eficiente — que é a bola alçada à área e direcionada a Calleri.
Já o Flamengo, consegue fazer jogadas de aproximação dos meias, e a dupla de ataque joga solta mais à frente. Quando está com os reservas, explora os lados do campo com velocidade. Ou seja, consegue aplicar variações e ter sucesso, conforme observamos no confronto da ida.
O São Paulo precisava de um milagre, nesta noite, no Maracanã. Para chegar à final do torneio, seria preciso ter uma atuação histórica; mas fez mais do mesmo. E o Flamengo, com absoluta tranquilidade, chega a mais uma decisão na temporada e com um dos maiores — se não o maior — nível de futebol do país.