A Ford foi condenada a pagar uma multa de 1,7 bilhões de dólares após os filhos de um casal que morreu num acidente com um carro da marca em 2014 nos Estados Unidos entrarem com uma ação judicial contra a marca. Essa notícia veiculou nas principais mídias do país na semana passada.
O veículo em questão era uma picape F-250 Super Duty, que capotou na sequência de um furo num pneu. Ao capotar, a capota cedeu e provocou a morte dos dois ocupantes, numa estrada do estado da Geórgia.
Após o acidente, os dois filhos do casal que morreu acusaram juridicamente a Ford, alegando defeito na construção da picape, o que, segundo documentos publicados na imprensa norte-americana, ocorreu também em dezenas de outros acidentes. Os advogados da família apresentaram provas de que capotas defeituosas semelhantes foram responsáveis por ferimentos ou morte em cerca de 80 outros casos.
Embora esse tipo de ação seja muito comum nos Estados Unidos, esta caso em particular chamou a atenção pelo valor a que a marca foi condenada. Assim que foi emitida a sentença, por um júri do condado de Gwinnett, a Ford se pronunciou no portal do Wall Street Journal afirmando que pretende recorrer da sentença por falta de “consistência” nas provas apresentadas.
O julgamento desse caso durou três semanas e os advogados da Ford citaram vários estudos sobre a segurança da picape, afirmando que a mesma é suficientemente forte para suportar esse tipo de impacto.
A Ford fabricou cerca de cinco milhões de picapes desse modelo no período entre 1999 e 2016, antes de incluirem peças de reforço na capota no ano de 2017.