A última derrota do Corinthians na Neo Química Arena foi em 2 de fevereiro — 2 a 1 para o Santos. Justamente em Itaquera, o Flamengo sofreu seu revés mais recente. Agora, a história é outra.
O Flamengo fez um jogo impecável. O Corinthians teve 10 minutos de muito volume e intensidade.
As duas equipes travaram um duelo muito interessante na primeira meia hora de jogo. Com muito estudo, ambas eram cautelosas e marcavam atrás da linha da bola.
Vitor Pereira pedia que sua equipe adiantasse a linha de marcação e pressionasse a saída de bola rubro-negra. Durou 15 minutos, com bastante intensidade, e quase deu certo. Em erro de passe dos defensores do Flamengo, o Corinthians armou contragolpe, Mosquito finalizou e Santos fez boa defesa.
Depois, foi a vez do time da casa errar a saída de bola. Arrascaeta arrancou pelo meio, avançou e chutou da entrada da área para boa defesa de Cássio.
A história já estava prevista: abriria o placar quem aproveitasse o vacilo do adversário na saída de bola — e assim foi. Golaço de Arrascaeta, pegando sobra do erro de Cantillo. E era somente a segunda finalização rubro-negra, na segunda falha defensiva corintiana.
Um detalhe, mas o Flamengo é mais do que eficaz nesse aspecto. A equipe de Dorival Jr, nesta Libertadores, tem média de 4,6 chutes para fazer um gol.
Aos poucos, o time carioca ia tomando conta do meio-de-campo e ditando o ritmo de jogo. Éverton Ribeiro ficava nas costas de Cantillo e tinha liberdade para se movimentar e armar jogadas. Já o Corinthians, diminuía o ritmo, e Vitor Pereira ficava louco porque se esgotava o ímpeto da marcação alvinegra.
No intervalo, o treinador português sacou Adson e Cantillo — que não foram bem na primeira etapa — e entraram Giuliano e Roger Guedes. O camisa 11 não rendeu bem, e o 9, jogando de ‘nove’, teve desempenho positivo.
Mas o Corinthians, coletivamente, estava abaixo. E o Flamengo, e que tem mais time, controlava o jogo na base da simplicidade. Os visitantes eram mais fortes pelo lado direito, e foi por ali, logo com 5′, que Rodinei armou boa jogada e tocou para Gabigol ampliar com um chute preciso, sem chances para Cássio.
O Corinthians pecou em criação. Estava muito abaixo. O Flamengo sobrou nesse aspecto, e só não ampliou a vantagem porque Cássio fez ótimas defesas.
Aliás, o resultado final reflete as campanhas das duas equipes até aqui: o Flamengo não perde como visitante, na Libertadores, há 14 jogos — 11 vitórias e três empates —, enquanto o Corinthians não vence há seis partidas, tanto em casa quanto fora — última vitória foi contra o Boca Juniors, na fase de grupos, por 2 a 0.
O Flamengo deu um passo importantíssimo para chegar à semifinal da Libertadores. Já o Corinthians, precisa ter um desempenho muito acima da média que vem apresentado para reverter a vantagem.