A cada rodada o Campeonato Brasileiro, a discussão sobre o uso do VAR se repete. Os áudios das cabines dos árbitros são ainda mais requisitados, e os problemas consequentemente ficam mais expostos.
Sempre foi assim, desde a implementação do recurso no Brasil: o VAR é uma grande muleta dos árbitros. No jogo entre Ceará e Palmeiras, o juiz Anderson Daronco deixou ainda mais claro, após marcar um penal a favor do time cearense: “se eu dei errado, vão me chamar”. O erro foi claro, e o VAR não chamou.
Antes, no mesmo jogo, Daronco não havia marcado uma falta em cima de Dudu, num contragolpe perigoso do Palmeiras. O árbitro considerou o lance como normal. Depois de um minuto, o VAR chamou para revisão. A conversa foi uma chuva de informação e discussão sobre o lance, e o resultado foi falta fora da área e expulsão do jogador do Ceará, por se tratar de uma chance clara de gol.
O caso de Daronco não é isolado. Há piores, e também recentes, de árbitros que estão bem posicionados, deixam o lance seguir e esperam o chamado da cabine do VAR. Aconteceu na Série A do Brasileiro, na Série B, na Copa do Brasil — Flamengo x Athletico foi gritante… Toda semana tem um caso diferente.
E por essas e outras que o VAR brasileiro não está longe de ser uma referência para outros países, nem mesmo para ter um único representante na Copa do Mundo.