O racismo sempre existiu no futebol. A diferença é que agora é gravado e, sobretudo, é crime! Mas por que, então, cada vez mais vemos casos assim nas arquibancadas?
A impressão que passa é que as autoridades dão permissão a esses atos e normalizam esse tipo de conduta. A Conmebol fecha seus olhos para os casos de racismo contra torcedores brasileiros, rodada atrás de rodadas — algumas com mais de dois casos registrados por noite. Um torcedor argentino chegou a ser preso, mas no dia seguinte foi liberado após pagamento de fiança.
Nenhum clube é punido por conta de casos de racismo. Nada acontece. As únicas atitudes tomadas pelas grandes entidades do esporte são faixas e mensagens espalhadas pelas placas de publicidade ao redor do campo dizendo “racismo não”.
É pouco.
Hoje mesmo, na Arena da Baixada, mais um caso de racismo nas arquibancadas. Dessa vez, com uma torcedora do Athletico-PR. Tem gravação, e é mais uma denúncia que se soma a centenas de outras que ainda acontecem no país.
Além disso, o São Paulo também denunciou que um de seus funcionários foi vítima de racismo durante o jogo disputado em Curitiba. Segundo o clube, o homem registrou Boletim de Ocorrência.
Com a torcedora do Athletico não vai acontecer nada, nem mesmo com o clube. Em dezembro do ano passado, três torcedores do rubro-negro paranaense, dois homens e uma mulher, foram gravados fazendo gestos racistas para torcedores do Atlético-MG, na final da Copa do Brasil. E depois?
Quando disserem que o Brasil não é um país racista, esses vídeos estão aí para provar o contrário. Enquanto medidas fortes não forem adotadas, o racismo será cada vez mais normalizado nas arquibancadas.