(Foto: Rodrigo Coca/Ag. Coritnhians)
O Corinthians venceu o Flamengo por 1 a 0, em casa, e colou na ponta da tabela do Campeonato Brasileiro. Foi mais uma daquelas vitórias que o corintiano gosta, construída na base da raça e do sufoco. Vale destacar alguns aspectos positivos e negativos apresentados pela equipe de Vitor Pereira.
Na parte positiva, está o repertório tático. O Corinthians consegue apresentar variações no estilo e no desenho da equipe. Há momentos em que joga com uma linha de cinco na defesa e outros com uma linha de quatro defensores. E o mais importante: mesmo com alterações de atletas, o desempenho não oscila.
Contra o Boca Juniors, a defesa formada por Bruno Mendez, Gil, Raul Gustavo, Fábio Santos e Piton foi impecável. Com tantos defensores, a dificuldade foi criar jogadas. Hoje, contra o Flamengo, jogando com linha de cinco, o Corinthians criou, e por pouco não fez mais um.
A organização defensiva tem sido uma marca dessa equipe de Vitor Pereira. O Flamengo encontrou dificuldades para furar o bloqueio alvinegro e, quando conseguiu, Cássio foi decisivo; mas o maior trunfo, sem dúvidas, é o fator casa. Sob a batuta de Vitor Pereira, o Corinthians não perdeu na Neo Química Arena: em 16 jogos, são 10 vitórias e seis empates (75% de aproveitamento), e apenas quatro gols sofridos.
Se a defesa é um destaque, o ataque não tem sido tão eficiente. Esse um ponto negativo que trago do jogo de hoje. É o quinto jogo consecutivo que o ataque do Corinthians não marca — gol desta tarde foi de Rodinei, contra. Desde o 4 a 0 sobre o Santos, pela Copa do Brasil, o time paulista produziu pouco no ataque.
De todo modo, hoje a melhora foi grande em relação aos últimos jogos. O Flamengo concentrou a marcação pelo meio, e o Corinthians abriu a defesa adversária com jogadas pelas pontas. Adson é a principal arma para criar lances de perigo.
Tal problema pode ser resolvido com a entrada de Yuri Alberto na referência do ataque, e com Roger Guedes jogando aberto pela ponta. Além disso, o retorno dos que estão no departamento médico também contribui nesse sentido.
