Gustavo Scarpa tem sido o principal nome do Palmeiras na campanha de líder — e candidato máximo ao título — do Campeonato Brasileiro. O jogador mais versátil do plantel de Abel Ferreira cobriu a ausência de Raphael Veiga, lesionado, e tornou-se a principal arma de criação alviverde.
Nos últimos três jogos, o Palmeiras empatou em 0 a 0 contra o Atlético-MG, goleou o Botafogo por 4 a 0 e foi seguro contra o Coritiba. Nesse período, o camisa 14 palmeirense assumiu o lugar do melhor jogador da equipe. Scarpa marcou um gol e deu três assistências; foram sete finalizações e 14 passes chave (que colocam o companheiro na cara do gol). Tudo isso levando em conta apenas os jogos pelo Brasileiro, pois ao considerar o último confronto da fase de grupos da Libertadores, o meia ainda tem um hat-trick anotado.
Scarpa não foi o único que deu conta do recado ao substituir uma peça importante do elenco. Marcelo Lomba não sofreu gols enquanto Weverton esteve na Seleção; com Luan, a defesa manteve o nível de excelência durante a ausência de Gòmez, que servia o Paraguai na Data Fifa, e Gabriel Menino desempenhou bem o papel de Danilo — função que não é a sua de origem.
E tem só mais um ponto que eu gostaria de ressaltar: a última vez que o Palmeiras sofreu um gol pelo Campeonato Brasileiro foi no dia 8 de maio, no empate contra o Fluminense em 1 a 1, pela 5ª rodada. Desde então, foram seis jogos pela competição, cinco vitórias, um empate e 12 gols marcados. Time tem o melhor ataque da competição (19 gols pró) e a melhor defesa (apenas 5 gols sofridos) em 11 rodadas.
Tudo isso para dizer que podem entrar alguns e outros saírem, e o Palmeiras não vai oscilar. O nível do bom futebol se mantém elevado. As características da equipe sofrem leves alterações por conta das mudanças nas escalações, mas isso evidencia que há um padrão de jogo muito sólido dentro do elenco alviverde. É raro um trabalho assim no futebol, e esse é, de fato, um dos nossos maiores casos de sucesso.