Benzema, Vinícius Júnior, Rodrygo… O Real Madrid tem muitos destaques na campanha do 14º título da Champions League; mas não podemos ignorar o desempenho espetacular de Courtois. O goleiro belga fez uma das mais brilhantes atuações da história das finais do torneio. Foram pelo menos cinco defesas monumentais contra o Liverpool, tornando-se o jogador mais decisivo em campo.
Courtois não foi eficiente apenas na decisão em Paris. Foi importante também nas oitavas contra o PSG, nas quartas contra o Chelsea e na semifinal contra o Manchester City.
Eficiência, aliás, é o principal adjetivo atribuído a este time do Real Madrid. Quando mais se acreditava que a equipe espanhola estaria posta a nocaute ao longo do torneio, foi que apareceram momentos de luz e as voltas por cima aconteceram.
As viradas históricas contra PSG e City e a classificação sofrida contra o Chelsea enriquecem esse enredo de Oscar. Frente ao Liverpool, os momentos adversos também aquecem a narrativa.
A noite de Courtois
Os primeiros 20 minutos de jogo foram de total intensidade do Liverpool. A equipe de Klopp adiantou as linhas de marcação e não deu espaços para o Real sair com a bola. A posse era total inglesa, e cabia apenas ao time espanhol se defender e explorar a velocidade de Vinícius Jr. para os contragolpes.
A dificuldade do Real era encaixar esse passe entre os defensores do Liverpool para o avante brasileiro sair cara a cara com o Alisson. Já a complicação do time inglês, era encontrar espaços para finalizar diante da zaga bem fechada do Madrid. Quando a superava, lá estava Coutois em uma noite primorosa.
E se Courtois brilhava do lado espanhol, Alexander Arnold fazia um encanto de partida pelos ingleses. Era o principal criador de jogadas, e a dupla com Salah pelo lado direito do campo tornava o Liverpool cada vez mais perigoso.
No entanto, um lance infeliz do lateral inglês foi decisivo para o resultado final da partida: o erro de marcação ao deixar Vinícius Jr. avançar pelas suas costas e balançar as redes. Foi um passe preciso de Valverde, uma escolha muito feliz de Ancellotti, que insistiu no uruguaio mesmo em meio aos pedidos por Rodrygo, embalado pela atuação estrelar na semifinal da Champions — era exatamente essa a proposta do treinador italiano: um jogador de marcação pelo lado direito da equipe, com bom passe, e que cadencia o jogo.
E assim seguiu o jogo por mais 40 minutos. O Liverpool tinha mais intensidade no ataque, mas seguia parando em Courtois — que será motivos de pesadelo para Salah. A defesa madrilenha se defendia com todas as forças. Militão, Alaba e Casemiro tiveram despenhos de elogios máximos.
E Vinícius… Bem, ele cala os críticos ao escrever seu nome na história da Champions.
Brasileiros em alta
Vinícius Júnior, aos 21 anos, se tornou o nono jogador brasileiro a marcar em uma final de Champions. A última vez que um conterrâneo deixou o seu na decisão continental foi Casemiro, em 2017.
Marcelo foi o primeiro brasileiro a erguer a taça da Champions como capitão. Com dificuldades para renovar o contrato com os madrilenhos, talvez essa tenha sido a sua última conquista com o clube. E caso venha a se despedir, será com muito louvor.
Ademais, com Vini, Rodrygo e Militão, o Brasil agora soma 57 jogadores diferentes que conquistaram a maior copetição da Europa.
Vinícius já vinha em alta, Rodrygo ainda busca seu espaço espaço entre os convocados de Tite para a Copa e Militão, que oscilou nas etapas anteriores da Champions, coroou sua participação com um desempenho muito positivo.
Benzema favorito a Melhor do Mundo
Com o título da Champions, Benzema dispara na frente para ser eleito o melhor jogador do mundo. Marcou 10 gols em cinco partidas decisivas da competição. Foi um dos principais nomes do Real Madrid no torneio.
Para mim, a seu mérito pelo prêmio é indiscutível; mas é importante ressaltar: pelo histórico da premiação, somente um eventual estrelato de outro jogador tira esse título do atacante francês.