Se o confronto diante do Equador, em Quito, não era o teste que Tite esperava por conta do número de adversidades que a partida ofereceu, o duelo contra o Paraguai, no Mineirão, foi exatamente o oposto. Jogo tranquilo, frente a um adversário mais fraco. Ótima oportunidade para aqueles que precisam de bons desempenhos para serem convocados para a Copa do Mundo.
Tite conhece bem o Paraguai, que sempre costuma jogar fechado contra o Brasil. Por isso, o treinador levou a campo um time bastante ofensivo. No 4-1-4-1, a segunda linha de quatro era formada por Paquetá, Raphinha, Coutinho e Vinícius Jr..
Foi daqueles jogos em que todos da Seleção estiveram bem em campo. Daniel Alves jogou bem; Thiago Silva e Marquinhos foram precisos — o zagueiro do PSG deu duas assistências; Alex Telles aproveitou a oportunidade e Fabinho foi impecável.
Vinícius Jr. fez um estrago danado no lado direito da defesa paraguaia. Raphinha voltou a jogar muito bem, depois de três atuações em baixo rendimento. Paquetá correu o campo inteiro: preencheu espaços, apoiou o ataque e construiu o jogo; mas o nome da noite foi Coutinho.
Teste bem-sucedido
A convocação de Coutinho foi bastante questionada pela opinião pública. Quando estava em baixa no Barcelona, Tite defendia o meia dizendo que havia o “Coutinho do Barcelona” e o “Coutinho da Seleção”. Isso sempre ficou muito claro.
Os jogos contra Equador e Paraguai eram excelentes oportunidades para Tite e Coutinho mostrarem que essa linha de raciocínio é correta. Em Quito, Coutinho jogou por 15 minutos e participou do lance do gol brasileiro. No Mineirão, marcou um golaço.
Coutinho tem características que Tite valoriza, e que ainda não encontrou em outros atletas — é o que parece. Fica cada vez mais claro que a convocação não se trata apenas de “momento”, mas de sequência pela Seleção Brasileira.