Chocados com os conflitos que ocorrem no leste europeu, muitos acabam ignorando as guerras que acontecem debaixo de nossos próprios narizes. Nesta semana, o futebol presenciou atentados violentos contra delegações de atletas.
O ônibus do Bahia, ao chegar na Arena Fonte Nova, foi atingindo por uma bomba. O goleiro Danilo Fernandes sofreu ferimentos e foi encaminhado ao hospital. O que mais impressiona é que mesmo assim ainda teve jogo — o Bahia venceu o Sampaio Correia por 2 a 0.
No mesmo dia, o Náutico divulgou imagens de van que transportava os atletas com vidros quebrados após protestos. Felizmente, não houve feridos.
Ontem, nas proximidades do Beira-Rio, o ônibus do Grêmio foi alvo de pedradas. O paraguaio Villasanti sofreu traumatismo craniano e concussão cerebral, mas está bem. O clássico contra o Internacional foi adiado.
Além desses ataques, torcedores do Paraná invadiram o gramado e trocaram agressões com os jogadores. O motivo seria o rebaixamento da equipe para a Série B estadual.
Enquanto não houverem as consequências ideais para essas situações, esses atentados continuarão cada vez mais normalizados. Passou muito da hora de entenderem que jogos com torcida única, portões fechados e multas simbólicas estão longe de serem soluções para esse tipo ocorrência.
Essa tal guerra já se tornou realidade em nosso país há muito tempo. Tivemos que aprender a conviver com ela ao invés de confrontá-la. É hora de dar um basta.
E que esses eventos citados também choquem as pessoas sobre o que está acontecendo dentro do nosso país.