Após anunciar mudanças para as corridas Sprint em 2022 e confirmar os três GPs que receberão o formato, incluindo Interlagos, a FIA continua a trazer novidades para a categoria.
Uma delas é que o polêmico diretor de provas da Fórmula 1, Michael Masi, foi demitido de seu cargo. A decisão foi anunciada ontem (17) em vídeo pelo novo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, após uma reunião na última segunda-feira com representantes de todas as 10 equipes do grid. Ele ainda disse que oferecerá um novo cargo para o australiano, que ocupou a posição por três anos.
A partir de agora, esse cargo será dividido nas 23 corridas programas entre o alemão Niels Wittich, ex-diretor de provas do DTM e o português Eduardo Freitas, ex-diretor de provas da WEC. Eles ainda contarão com o auxílio de Herbie Blash como conselheiro sênior permanente.
Quanto à ultrapassagem dos retardatários durante o Safety Car, pauta que gerou muita controvérsia durante o GP de Abu Dhabi de 2021, o procedimento ainda será reavaliado pelo Comitê e as decisões serão apresentadas na próxima Comissão da F1, antes do início da temporada.
“VAR” na Fórmula 1?
Em seu discurso, Ben Sulayem ainda apresentou uma grande novidade para a categoria chamada “Sala de Controle Virtual de Corridas”, que terá uma função parecida com o VAR no futebol. O presidente da FIA conta que ficará posicionado em um dos escritórios da entidade para ser uma espécie de “backup” fora do circuito, terá conexão em tempo real com o diretor de provas da F1 e “ajudará a aplicar os regulamentos esportivos usando as ferramentas tecnológicas mais modernas”, segundo ele.
Fim das rádios com a FIA na TV
Se teve um outro fator que gerou diversas polêmicas na temporada de 2021 da F1, esse foi a decisão de transmitir ao vivo na TV os rádios trocados entre os dirigentes das equipes e a FIA. Para essa temporada, eles continuarão existindo, mas não serão mais transmitidos para os espectadores.
“As comunicações diretas de rádio durante a corrida, atualmente transmitidas ao vivo por todas as TVs, serão removidas para proteger o diretor de prova de qualquer pressão e permitir que ele tome decisões pacificamente. Ainda será possível fazer perguntas ao diretor de prova, de acordo com um processo bem definido e não intrusivo”, disse Ben Sulayem.
Novo procedimento para corridas interrompidas
Se lembra do não-GP da Bélgica de 2021, que terminou com apenas 4 voltas na pista atrás do Safety Car por conta do mau tempo em Spa-Francorchamps e os pontos foram distribuídos pela metade para os 10 primeiros colocados? Da forma como aconteceu na temporada passada, não acontecerá mais!
A Comissão da F1 aprovou mudanças no regulamento esportivo para que os pontos sejam distribuídos de forma mais justa e realista quanto às corridas que forem interrompidas precocemente. Os pontos não serão contabilizados para nenhum piloto caso não tenha acontecido um mínimo de duas voltas na pista pelo líder sem a presença do Safety Car ou intervenção do Safety Car Virtual.
Caso o líder tenha completado mais de duas voltas na pista, mas menos de 25% da distância programada da corrida, os cinco primeiros colocados receberão pontos da seguinte forma:
1º colocado – 6 pontos
2º colocado – 4 pontos
3º colocado – 3 pontos
4º colocado – 2 pontos
5º colocado – 1 ponto
Em outra situação, caso o líder tenha completado 25% da distância programada da corrida, mas menos de 50%, os pontos serão atribuídos aos nove primeiros colocados da seguinte forma:
1º colocado – 13 pontos
2º colocado – 10 pontos
3º colocado – 8 pontos
4º colocado – 6 pontos
5º colocado – 5 pontos
6º colocado – 4 pontos
7º colocado – 3 pontos
8º colocado – 2 pontos
9º colocado – 1 ponto
Caso o líder complete 50% da distância programada da corrida, mas menos de 75%, os pontos serão atribuídos aos 10 primeiros colocados da seguinte forma:
1º colocado – 19 pontos
2º colocado – 14 pontos
3º colocado – 12 pontos
4º colocado – 9 pontos
5º colocado – 8 pontos
6º colocado – 6 pontos
7º colocado – 5 pontos
8º colocado – 3 pontos
9º colocado – 2 pontos
10º colocado – 1 ponto
Com esse “plano de mudanças estruturais” proposto pelo novo presidente da FIA, espera-se ter decisões mais assertivas quanto ao que está previsto nos regulamentos para as temporadas que estão por vir.