Os trabalhos feitos nas bases de Palmeiras e Santos ganharam notoriedade com a ascensão de atletas aos times principais e suas participações em jogos decisivos. Na final da Libertadores de 2020, ao todo, dez jogadores formados nas respectivas bases entraram em campo (sete do Santos e três do Palmeiras).
Tudo isso para ilustrar o trabalho que já vinha sendo executado nas divisões inferiores, e que as duas equipes não protagonizaram a final da Copinha de 2022 por acaso.
O Palmeiras foi campeão paulista sub-20 por cinco anos consecutivos (2017 a 2021) e conquistou o Brasileiro de 2018 e a Copa do Brasil de 2019 da mesma categoria. O sub-17 também se destacou ao ganhar o Paulista (2018), a Copa do Brasil (2017 e 2019) e o Mundial (2018 e 2019).
Por isso, desde o início da competição, era considerado um dos maiores favoritos ao título da competição. O time do Santos crescendo ao longo do torneio — passou por Ferroviária, na terceira fase, e Mirrassol, nas quartas de final, nos pênaltis.
Por ter a melhor campanha do torneio, a Federação Paulista de Futebol determinou que o Palmeiras jogaria no Allianz Parque com torcida única, e isso fez diferença.
O alviverde foi superior do início ao fim. Com 16 minutos de jogo, o placar já estava decidido: 3 a 0 para o Palmeiras. O time da capital trabalhava suas melhores jogadas pelo lado esquerdo do campo, e por ali saíram as jogadas que originaram três dos quatro gols alviverdes. O terceiro, nasceu de uma falta boba do zagueiro Derick, que mais tarde seria expulso com o segundo amarelo e acabaria com qualquer esperança de reação santista.
O trabalho que o Palmeiras vem exercendo na base é exemplar. Os resultados estão aí: títulos expressivos nos principais torneios da base, além da promoção de atletas ao elenco profissional. Jovens como Giovani e Endrick ganharam destaque, e o garoto de 15 anos é até assediado por clubes europeus.
O desafio, agora, é de blindar esses atletas para que tenham um futuro brilhante.